Por André J. Gomes.
Então fica assim. Para o bem de todos os amantes, para a saúde de todo ser amado, quem quiser um amor verdadeiro vai ter de ir buscar. Esse negócio de esperar no sofá, a TV ligada, o olhar perdido, a vida em estado de suspensão por longos fios de baba enquanto a pessoa perfeita não vem, tudo isso fica revogado até segunda ordem. Desista que do céu não vai cair.
Quer amor? Levante e vá buscar. Não tem delivery, compra por catálogo, encomenda, disque-pizza. Não se pode pedir pela Internet. Faça por merecer!
Aos distraídos de boca aberta, os encalhados na correnteza, os pesos mortos e os zumbis sentimentaloides só chegam moscas, mariposas, lesmas, vermes e outros pequenos bichos. O amor é para quem sabe o que quer e, sobretudo, para quem sabe o que oferecer.
É para quem se atreve, se arrisca e se lança. Para os que ousam devolver o prato mal feito e o que mais não serve, para os insubordinados e os insatisfeitos, aqueles que procuram sem fim. Procuram até achar. E se acaso encontram e perdem de novo, retomam a busca sem frescura.
Amar é coisa de quem tem coragem de dizer “não”, “sim”, “talvez” quando e como achar que deve. Para quem tem medo também o amor lhes cabe. Porque só os poços de perfeição, os impecáveis e os soberbos acreditam mesmo que coragem é a ausência do medo. Nós, os imperfeitos confessos, não nos vexamos em borrar as calças de medo antes de o encarar com coragem. Porque fingir que o pavor não existe não é valentia nenhuma. É burrice.
Se fosse fácil, teria outro nome. Amor dá trabalho. Então deixemos de tanta conjectura, ora essa, e sigamos logo ao que interessa!
Assim seremos, você e eu e todo mundo, como a moça que na infância estremecia quando sua avó a pegava fazendo careta no espelho, “menina, o galo canta, um anjo diz amém e você fica assim para sempre”. Mal sabia ela o que a vida lhe arrumaria. Atrevida, andou de amores por pessoa boa, sorrindo sem mais o quê, quando um arcanjo passou voando baixo, esbarrou no galo e deu-se a profecia da avó: a moça sorrindo de amor ficou assim para sempre. Amém!
Quer amor? Levante e vá buscar. Não tem delivery, compra por catálogo, encomenda, disque-pizza. Não se pode pedir pela Internet. Faça por merecer!
Aos distraídos de boca aberta, os encalhados na correnteza, os pesos mortos e os zumbis sentimentaloides só chegam moscas, mariposas, lesmas, vermes e outros pequenos bichos. O amor é para quem sabe o que quer e, sobretudo, para quem sabe o que oferecer.
É para quem se atreve, se arrisca e se lança. Para os que ousam devolver o prato mal feito e o que mais não serve, para os insubordinados e os insatisfeitos, aqueles que procuram sem fim. Procuram até achar. E se acaso encontram e perdem de novo, retomam a busca sem frescura.
Amar é coisa de quem tem coragem de dizer “não”, “sim”, “talvez” quando e como achar que deve. Para quem tem medo também o amor lhes cabe. Porque só os poços de perfeição, os impecáveis e os soberbos acreditam mesmo que coragem é a ausência do medo. Nós, os imperfeitos confessos, não nos vexamos em borrar as calças de medo antes de o encarar com coragem. Porque fingir que o pavor não existe não é valentia nenhuma. É burrice.
Se fosse fácil, teria outro nome. Amor dá trabalho. Então deixemos de tanta conjectura, ora essa, e sigamos logo ao que interessa!
Assim seremos, você e eu e todo mundo, como a moça que na infância estremecia quando sua avó a pegava fazendo careta no espelho, “menina, o galo canta, um anjo diz amém e você fica assim para sempre”. Mal sabia ela o que a vida lhe arrumaria. Atrevida, andou de amores por pessoa boa, sorrindo sem mais o quê, quando um arcanjo passou voando baixo, esbarrou no galo e deu-se a profecia da avó: a moça sorrindo de amor ficou assim para sempre. Amém!
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