tag:blogger.com,1999:blog-68582829363664641122024-03-14T09:42:49.049-03:00Blog Nova AlexandriaBlog do Grupo Editorial Nova Alexandria;Unknownnoreply@blogger.comBlogger276125tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-5664278992320232792018-05-30T13:08:00.000-03:002018-05-30T13:10:16.487-03:00" Todos os males que comete o homem têm alguma cor, ou de necessidade
que reprime, ou de amor que cega, ou de fúria que arrebenta; mas a
ingratidão é aquela que não tem razão, falsa ou verdadeira, em que se
possa escorar. E por isso é um vício tão ruim, que seca a fonte da
misericórdia, apaga o fogo do amor, fecha a estrada aos benefícios e faz
germinar na pessoa mal reconhecida ódio e arrependimento, como vocês
verão...." ... no livro do Cavalier Giambattista Basile, que a Nova
Alexandria está preparando para o próximo semestre.<br />
<br />
Aguardem mais
notícias.<br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: "calibri" , serif; text-align: justify;">Visitem nossa </span><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/" style="font-family: calibri, serif; text-align: justify;" target="_blank">loja</a><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-40811924004670394272018-05-01T07:06:00.001-03:002018-05-01T07:27:11.809-03:001º de maio<div align="justify" style="background: #ffffff; margin-bottom: 0.08in; margin-top: 0.08in;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"> </span></span></span><span style="font-family: "calibri" , serif;">A
História do Dia do Trabalho começa em 1º de maio de 1886 na cidade
de Chicago (Estados Unidos), onde milhares de trabalhadores foram às
ruas reivindicar melhores condições de trabalho e a redução da
jornada diária de 13 para 8 horas. Neste mesmo dia teve início uma
greve geral Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve um conflito em
trabalhadores e policiais que acabou com a morte de 3 manifestantes.
No dia 4, foi organizada uma manifestação em protesto ao acontecido
nos dias anteriores que terminou com a explosão de uma bomba,
lançada por desconhecidos contra os policiais. A polícia revidou
abrindo fogo contra a multidão. Esses fatos resultaram na morte de
sete policiais e doze civis e com dezenas de pessoas feridas. </span></div>
<div align="justify" style="background: #ffffff; margin-bottom: 0.08in; margin-top: 0.08in;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"> <br /> Na sequência, cinco sindicalistas foram condenados à morte
e três condenados à prisão perpétua.
Esses acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho.
<br /> <br /> Três anos mais tarde, no dia 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pela jornada de 8 horas de trabalho. A data escolhida foi o primeiro dia de maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1º de maio de 1891 uma manifestação no norte de foi dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o significado da data como um dia de luta dos trabalhadores. Meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
<br /> <br /> Com a chegada de imigrantes europeus no Brasil, as ideias de luta pelos direitos dos trabalhadores vieram junto e há relatos de que a data é comemorada aqui, desde 1895. Em 1917 houve uma Greve Geral e com crescimento do operariado, o dia 1º de maio foi declarado feriado pelo presidente Artur Bernardes em 1925. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"><br /></span></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAUx6nut6wwp5ocKiJ3wu9_JPHQXzA6KlPO4Y4greCYE6R63nUbMkXKj7EsYCZUKmczdY8VJ8ywcBdl2KGEByM2ZaTQkc-dn9WbKpJHl_AzkYAFySW4gRWJVb5f8E0JdLI8426Jkm14gGS/s1600/No+ch%25C3%25A3o+da+f%25C3%25A1brica.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAUx6nut6wwp5ocKiJ3wu9_JPHQXzA6KlPO4Y4greCYE6R63nUbMkXKj7EsYCZUKmczdY8VJ8ywcBdl2KGEByM2ZaTQkc-dn9WbKpJHl_AzkYAFySW4gRWJVb5f8E0JdLI8426Jkm14gGS/s1600/No+ch%25C3%25A3o+da+f%25C3%25A1brica.png" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: "Noto Serif", Georgia, Times, serif; font-size: 15px;">
<i style="box-sizing: border-box;">No chão da fábrica – contos e novelas </i>reúne histórias que têm como temática principal a classe operária. São relatos sobre o trabalho e a vida de brasileiros que escolheram o mundo urbano de São Paulo para realizar o sonho de ter uma vida melhor.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: "Noto Serif", Georgia, Times, serif; font-size: 15px;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: "Noto Serif", Georgia, Times, serif; font-size: 15px;">
Fernando Bonassi, escritor e roteirista, destaca na apresentação: ”São narrativas sobre a inutilidade do esforço, a destruição dos laços afetivos e a mutilação dos corpos pelas necessidades materiais.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: "Noto Serif", Georgia, Times, serif; font-size: 15px;">
<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: "Noto Serif", Georgia, Times, serif; font-size: 15px;">
Tramas sombrias que, à luz do que vivemos, permanecem atuais.” Bonassi conclui: “O leitor tem nas mãos um livro fundador daquilo que somos e fizemos de nós mesmos”.</div>
<div>
<br /></div>
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"> <br /> </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"><br /></span></span></span>
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;">Visitem nossa <a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/" target="_blank">loja</a></span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"><br /></span></span></span>
<span style="color: black;"><span style="font-family: "calibri" , serif;"><span style="background: #ffffff;"><br /></span></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-68899262868254235572017-01-27T13:01:00.001-02:002017-01-27T13:01:18.633-02:00A kantuta tricolor<div class="WordSection1">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW88ap_q79cTE_tPaKsVmqB-JiphDV3bSaymBp8fLsUVXUMgFU7W6f6h41zWTmd7lPhVUSa3eiMfb_wNew22v9To2XGZevRW0mI-vlBAukEczO9EmF8T4dbFpP55WY8Ob4WDeiKqdc6Wod/s1600/Kantuta+tricolor.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW88ap_q79cTE_tPaKsVmqB-JiphDV3bSaymBp8fLsUVXUMgFU7W6f6h41zWTmd7lPhVUSa3eiMfb_wNew22v9To2XGZevRW0mI-vlBAukEczO9EmF8T4dbFpP55WY8Ob4WDeiKqdc6Wod/s1600/Kantuta+tricolor.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: inherit;">Lançamento
da Editora Volta e Meia aproxima cultura boliviana a partir de fábulas, lendas
e contos populares.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<span style="font-family: inherit;"><i style="text-align: justify;">A kantuta tricolor e outras histórias da
Bolívia</i><span style="text-align: justify;"> mescla fábulas, lendas e
contos populares e ajuda a conhecer mais sobre o imaginário cultural da
Bolívia.</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US"> </span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US">Em doze histórias e muitas ilustrações, Susana Ventura
e Bernardita Uhart mostram que, para os brasileiros, </span>a Bolívia está
agora bem mais próxima. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A constante imigração boliviana
para o Brasil nas últimas décadas tornou muitas de nossas grandes cidades
importantes polos de cultura influenciados pelos vizinhos sul-americanos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Paisagens quase desconhecidas
(mas adivinhadas), como a das cordilheiras; o simbolismo de seus protagonistas
animais, como o condor, senhor dos Ares, o coelho, a raposa; as doçuras e
asperezas da vida no campo, plenas de desafios; as camadas de tempo: do passado
pré-colombiano aos tempos de dominação colonial, encerrados pela desejada e
sofrida independência, estão presentes no livro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Escrito pela reconhecida escritora
de livros para crianças e finalista do Prêmio Jabuti 2016, Susana Ventura, o
volume recebeu ilustrações da artista plástica chilena Bernardita Uhart, que
foi chamada para o projeto tanto pela excelência de seu trabalho quanto pela
sensibilidade de haver vivenciado a situação de criança imigrante no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i>A kantuta tricolor e outras histórias da Bolívia </i>é também um livro
para todas as idades: suas narrativas informam, divertem e possibilitam
conhecer a riqueza humana do país vizinho; suas ilustrações evocam paisagens,
modos de viver e de pensar o mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Faixa etária: a partir dos 5 anos
para leitura acompanhada; a partir dos 9 anos para leitores autônomos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: #edecec; line-height: 15.6px; margin-bottom: 14px; margin-top: 5px; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwjCYvpuvhqv9SUDCSLDhlMG1bDalbbS-SoK8iSc7nvnxlrobJUe9IRQI-O47DeAIVDlMZPO6fRGyz-3qD9jV_y62pxrQWN6ZFhNB_z5sXxn5SL-UKoFTupr7oLb1YRQcRctGxG0ardQhH/s1600/Susana-Ventura.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwjCYvpuvhqv9SUDCSLDhlMG1bDalbbS-SoK8iSc7nvnxlrobJUe9IRQI-O47DeAIVDlMZPO6fRGyz-3qD9jV_y62pxrQWN6ZFhNB_z5sXxn5SL-UKoFTupr7oLb1YRQcRctGxG0ardQhH/s200/Susana-Ventura.jpg" width="158" /></a><span style="font-family: inherit;"><strong>Susana Ramos Ventura</strong> é mestre e doutora em Letras pela Universidade de São Paulo na área de Estudos Comparados de Literatura de Língua Portuguesa e Literatura para Crianças e Jovens. Ela faz parte do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ e desenvolve um trabalho de pós-doutorado. Pesquisadora do CLEPUL (Centro de Estudos de Literaturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa) e do CRIMIC (Centro de Investigação sobre os Mundos Ibéricos Contemporâneos), de Sorbonne, Paris IV. Além de <i>A Kantuta tricolor</i>, é autora de <em style="background-color: transparent;">O tambor africano e outros contos dos países africanos de língua portuguesa, </em><em>O Príncipe das Palmas Verdes e outros contos portugueses</em>, <em>Convite à navegação – uma conversa sobre literatura portuguesa</em>, entre outros. Desde 2007, trabalha em diversos projetos com o SESC como curadora, palestrante, professora e moderadora. Em 2010 foi contratada pelo Museu da Língua Portuguesa e Ministério das Relações Exteriores para seleção de textos de literaturas africanas de língua portuguesa e composição</span><span style="color: #575757; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span style="font-family: inherit;">de material sobre escritores e países de Língua Portuguesa para a exposição Linguaviagem do Itamaraty.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-33473928858399097092017-01-19T17:50:00.002-02:002017-01-19T17:53:50.328-02:00O extraordinário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjF8wC6irzgrc5X543BnB-P0GzvId85ylgf0y0ohI6-Mfcj_I72nyu5QhvCY2l4JFPsKqYxP5HwB0vpNXgE7jo9NiuJFN12kdri5VCaTq1uZEVFOtaQIbVzTzbt5CBRbY2IZpvRv0DTKIR/s1600/O+extraordin%25C3%25A1rio+-+capa.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjF8wC6irzgrc5X543BnB-P0GzvId85ylgf0y0ohI6-Mfcj_I72nyu5QhvCY2l4JFPsKqYxP5HwB0vpNXgE7jo9NiuJFN12kdri5VCaTq1uZEVFOtaQIbVzTzbt5CBRbY2IZpvRv0DTKIR/s1600/O+extraordin%25C3%25A1rio+-+capa.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O que leva um médico, professor emérito da maior universidade do país a escrever um livro como este? - Fácil: O extraordinário! Este foi o motivo que o Dr. György Miklós Böhm encontrou para registrar momentos vividos em sua jornada através do mundo no livro: O extraordinário, se procurar aparece, se ajudar acontece.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A viagem maravilhosa do Dr. György Miklós Böhm nos transporta desde sua infância na Hungria. Depois, os tempos da Segunda Guerra e da emigração aos sonhados trópicos e a construção de um novo lar no Brasil. Viagens, aventuras pela terra nova e pelos países vizinhos. Mais tarde, a volta à Europa e uma descoberta inesgotável das terras da Ásia e da África, sob um olhar crítico dotado de uma especial capacidade de observação, e ao mesmo tempo sempre bem-humorado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Lembranças recolhidas e narradas agora neste texto sobre seu mergulho no universo da música clássica e da arte, e que estão presentes em sua vivência e convivência nos dias de hoje. Um conjunto de histórias envolventes, onde o autor não perde de vista seu passado voltado em todas as direções, nutrido por acontecimentos divertidos, contundentes, enriquecedores, que estiveram presentes o tempo todo simultaneamente ao percurso de sua vida profissional e que privilegiam aqueles que usufruem de sua fascinante companhia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Agora, compartilha com os leitores sua rica jornada orientada, principalmente, pela alegria de viver.</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/catalogsearch/result/?q=o+extraordin%C3%A1rio" target="_blank"><br /></a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/catalogsearch/result/?q=o+extraordin%C3%A1rio" target="_blank">CLIQUE AQUI E COMPRE O LIVRO</a></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1bq7yFnl9j9RiGZ1_KS3I5RuNaVr-A3p1Sv2sp5Nwftnt8vk3NW0BzCVfVw6GnVY7Gooes27YyvlyHlpestuh51Xr8uzMOCPZD47bVo1LfrW_qhxcjmzb8ZhWEMSePOmQedvmBKjL0jz/s1600/O+extraordin%25C3%25A1rio.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1bq7yFnl9j9RiGZ1_KS3I5RuNaVr-A3p1Sv2sp5Nwftnt8vk3NW0BzCVfVw6GnVY7Gooes27YyvlyHlpestuh51Xr8uzMOCPZD47bVo1LfrW_qhxcjmzb8ZhWEMSePOmQedvmBKjL0jz/s1600/O+extraordin%25C3%25A1rio.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: #f7f7f7; text-align: left;">Prof. Dr. György Miklós Böhm, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. </span>possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1961) , especialização em Serviço do Prof W G Spector pela Saint Bartholomew's Hospital Londres (1965) , especialização em Microscópio Eletrônmico de Varredura pela Universidade de Sheffield (1975) , especialização em Febre Hemorrágica Boliviana pela Pesquisa de Campo (1963) , especialização em Cardiopatias Idiopáticas da África e Endomiocardio pela Pesquisa de Campo (1964) , especialização em Cardiopatias Idiopáticas da África e Endomiocardio pela Pesquisa de Campo (1964) , especialização em Cardiopatias Idiopáticas da África e Endomiocardio pela Pesquisa de Campo na África do Sul (1964) e doutorado em Patologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1961) . Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina , com ênfase em Anatomia Patológica e Patologia Clínica. Atuando principalmente nos seguintes temas: fisiopatologia - circulação pulmonar.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-9790661576007846082017-01-19T17:34:00.001-02:002017-01-19T17:37:54.778-02:00No chão da Fábrica<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1UP218GqLmu-sijIPNYQ0iQK2ePAh7L_ZgqAsQfv6OOkCzqXqV9RcTSkkCyezpRp2bedM2Xqi5XNSl1rq_gh2CQsaQBJ0mNIMkhBRsdp7tEedHnk-ObTaFmmO-TKbAcMnQyxyd6tkRVph/s1600/No+ch%25C3%25A3o+da+f%25C3%25A1brica.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1UP218GqLmu-sijIPNYQ0iQK2ePAh7L_ZgqAsQfv6OOkCzqXqV9RcTSkkCyezpRp2bedM2Xqi5XNSl1rq_gh2CQsaQBJ0mNIMkhBRsdp7tEedHnk-ObTaFmmO-TKbAcMnQyxyd6tkRVph/s320/No+ch%25C3%25A3o+da+f%25C3%25A1brica.png" width="221" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: center;">
<a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/no-ch-o-da-fabrica.html" target="_blank"><b><span style="color: red;">Clique aqui e compre o livro</span></b></a></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i>No chão da fábrica – contos e novelas </i>reúne histórias que têm como temática principal a classe operária. São relatos sobre o trabalho e a vida de brasileiros que escolheram o mundo urbano de São Paulo para realizar o sonho de ter uma vida melhor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Bonassi, escritor e roteirista, destaca na apresentação: ”São narrativas sobre a inutilidade do esforço, a destruição dos laços afetivos e a mutilação dos corpos pelas necessidades materiais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tramas sombrias que, à luz do que vivemos, permanecem atuais.” Bonassi conclui: “O leitor tem nas mãos um livro fundador daquilo que somos e fizemos de nós mesmos”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A reunião de contos e novelas traz ainda avaliações críticas assinadas por professores e jornalistas ligados à literatura. “Nesse livro, vê-se nitidamente o trabalho literário, o cuidado com a linguagem, com sua organização, buscando efeitos que transcendam o mundo meramente objectual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É trabalho literário que se reencontra com o trabalho material de seus sofridos personagens. E isso é Literatura, com maiúscula!”, diz Enid Yatsuda Frederico, professora aposentada do Departamento de Teoria Literária da Unicamp.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR56uiHaqhuN7VAeCdAINrBgyoGjW-vvl52TV2k0mce5XnGjI-VhCJS6m5YS_ks2mn0T0MWVeJwzGJ-7Yqz8_8oBsXPsirTRBWwnNbp7O69kXMUscxsI1RNeNNfzDl6Y1oJ86vBruVtKwr/s1600/Roniwalter.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR56uiHaqhuN7VAeCdAINrBgyoGjW-vvl52TV2k0mce5XnGjI-VhCJS6m5YS_ks2mn0T0MWVeJwzGJ-7Yqz8_8oBsXPsirTRBWwnNbp7O69kXMUscxsI1RNeNNfzDl6Y1oJ86vBruVtKwr/s200/Roniwalter.png" width="164" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roniwalter Jatobá </b>nasceu em 22 de julho de 1949 em Campanário, Minas Gerais. Aos dez anos foi morar em Campo Formoso, Bahia, onde concluiu, em 1964, o curso ginasial. Em 1970, veio para São Paulo. Trabalhou como operário na Karmann-Ghia, no ABC, enquanto morava ao lado da Nitroquímica, em São Miguel Paulista. Entrou para a Editora Abril no final de 1973, na área gráfica, e cinco anos depois, formou-se em jornalismo. Foi redator das publicações infanto-juvenis desta editora e da Rio Gráfica (hoje Globo) e colaborou em Versus, Folha de S. Paulo, Movi mento, Escrita, Ficção e outros. No final dos anos 70 viveu sete meses na Europa, num exílio voluntário. De volta ao Brasil foi redator do Nosso século, editor de textos de Movimento e Retrato do Brasil (fascículos), editor executivo de Saúde, Boa Forma e de publicações especiais da revista Corpo a Corpo; criou e dirigiu ainda a revista Memória e editou livros históricos na Eletropaulo. Entre 1997 e 2003, atuou tam¬bém como cronista semanal do jornal paulistano Diário Popular. Publicou, entre outros, os livros Sabor de química (contos, 1976, Prêmio Escrita de Literatura), Crônicas da vida operária (contos, 1978, finalista do Prêmio Casa das Américas, em Cuba), Viagem à montanha azul (infantil, 1982), O pavão misterioso e outras memórias (crônicas, 1999, finalista do Prêmio Jabuti), Paragens (novelas, 2004, finalista do Prêmio Jabuti), Trabalhadores</div>
<div style="text-align: justify;">
do Brasil: histórias do povo brasileiro (contos, 1998, organizador). Pela editora Nova Alexandria, publicou Rios sedentos (2006), voltado para o público infanto-juvenil, Contos Antológicos (2009), Cheiro de chocolate e outras histórias (2012, Prêmio Jabuti) e, para a coleção “Jovens sem fronteiras”, O jovem Che Guevara (2004), O jovem JK (2005), O jovem Fidel Castro (2008), O jovem Luiz Gonzaga (2009) e O jovem Monteiro Lobato (2012). Publicou ainda três livros pela Editora Positivo: Viagem ao outro lado do mundo (infantil, 2009) e Alguém para amar a vida inteira (novela juvenil, 2012) e Sina (história para alfabetização de adultos, 2014). Alguns de seus livros foram selecionados pelo PNBE e escolhidos pela FNLIJ para o catálogo da Feira do Livro de Bolonha (Itália). Seus contos adultos foram ainda incluídos em diversas antologias brasileiras e estrangeiras, com traduções para o alemão, inglês, italiano, sueco e holandês. Em 1988, traduziu o livro de contos A cavalaria vermelha, de Isaac Babel, editado pela Oficina de Livros.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-2756284790698844232017-01-19T17:09:00.000-02:002017-01-19T17:09:52.814-02:00Antonio Tabucchi contista: Entre a incerteza do sentido e os equívocos da experiência<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglWQ0W9_rdpEo5VyeCk3XRKvVj04gA240NvH9iOeu_GY5dR20xMVifSVB6wbBCXHRUnv85ABL4hRGgRdR62ckMcwKWJ2PbXgTCskZRqpgyDHOwIxsSDw1ma8NYag48yDRdMbIvbk57v2sg/s1600/Tabucchi-convite.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglWQ0W9_rdpEo5VyeCk3XRKvVj04gA240NvH9iOeu_GY5dR20xMVifSVB6wbBCXHRUnv85ABL4hRGgRdR62ckMcwKWJ2PbXgTCskZRqpgyDHOwIxsSDw1ma8NYag48yDRdMbIvbk57v2sg/s320/Tabucchi-convite.png" width="320" /></a></div>
<span style="color: #222222;">Antonio Tabucchi (1943-2012) é um dos escritores mais importantes da literatura contemporânea italiana. Traduzido para dezoito idiomas, inclusive para português, seu nome é obrigatório quando se trata de Fernando Pessoa, de quem é estudioso renomado (particularmente do heterônimo Bernardo Soares, do <i>Livro do Desassossego</i>) e tradutor para o italiano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;">No Brasil, grande parte de sua obra está traduzida, e o próprio Tabucchi verteu Carlos Drummond de Andrade para o italiano. Seus livros têm sido estudados intensamente em dissertações de mestrado e teses de doutorado de universidades brasileiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaDmq_SLsBk9Unv7irikSM67-3BGghxLFxnNROfXfU2-nXyRa2Q4PR7PmQDCpS-oOb8vD89BAR3B-8rCnT18C7I-P6Z9F9sFytTlTcgRN2lDsJyvnW_n2LGemfFcs_0vPdRNSaL-XyA_3-/s1600/Tabucchi-Capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaDmq_SLsBk9Unv7irikSM67-3BGghxLFxnNROfXfU2-nXyRa2Q4PR7PmQDCpS-oOb8vD89BAR3B-8rCnT18C7I-P6Z9F9sFytTlTcgRN2lDsJyvnW_n2LGemfFcs_0vPdRNSaL-XyA_3-/s200/Tabucchi-Capa.jpg" width="136" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><i><span style="color: #222222;">Noturno indiano</span></i><span style="color: #222222;"> (prêmio </span><span style="color: #222222;">Médicis Étranger, 1987), traduzido para o português em 1.984, uma de suas obras mais célebres, foi adaptada para o cinema por Alain Corneau, em 1.989, com título homônimo.<span class="apple-converted-space"> <i>Sostiene Pereira</i> foi traduzido para o português sob o título </span><i>Afirma Pereira</i> em 1.995, quando o autor já era amplamente conhecido e premiado internacionalmente. Também adaptado para o cinema por </span>Roberto Faenza, agora sob o título em português <i>Páginas da Revolução</i>, uma grande sucesso de bilheteria no Brasil, foi estrelado por Marcello Mastroianni em de seus últimos filmes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222;">Tabucchi também publicou narrativas breves. Sua primeira coletânea de contos,<span class="apple-converted-space"> </span><i>O jogo do reverso<span class="apple-converted-space"> </span></i>(1981), retrata a subversão da ordem das coisas, a instauração do avesso e do equívoco, a exaltação da esfera da multiplicidade que faz com que as fronteiras entre real e irreal se confundam ou se anulem. Em 1985, publicou<span class="apple-converted-space"> </span><i>Pequenos equívocos sem importância</i><span class="apple-converted-space"> </span>e em 1991,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Anjo negro</i>, coletânea de contos analisados neste livro. Alguns temas abordados em<span class="apple-converted-space"> </span><i>O jogo do reverso</i> são retomados e ampliados em<span class="apple-converted-space"> </span><i>Pequenos equívocos</i><span class="apple-converted-space"> </span><i>sem importância</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1.991) e em<span class="apple-converted-space"> </span><i>Anjo negro</i>, configurando, assim, uma linha poética de desenvolvimento temático que articula as obras, preservando a independência de cada uma delas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #222222;"> </span><span style="color: #222222;"> </span><span style="color: #222222;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVoX6DhBJQuhR1NuYkAefJmamg4Lk5m_fyDLgPCf4VGrWzjabpZ2HPEmgE9itgodI7QHpDeu_4Q7u5NSRTvHhsrsaXgRdhw81adjfeB6QTvXFUiUACPP0RoF9TLMy5WIjJcHEOszd30tKU/s1600/Tabucchi-Erica.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVoX6DhBJQuhR1NuYkAefJmamg4Lk5m_fyDLgPCf4VGrWzjabpZ2HPEmgE9itgodI7QHpDeu_4Q7u5NSRTvHhsrsaXgRdhw81adjfeB6QTvXFUiUACPP0RoF9TLMy5WIjJcHEOszd30tKU/s200/Tabucchi-Erica.jpg" width="143" /></a></div>
<div class="m2529823208217672938msoplaintext" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="color: #222222;"><b>Erica Salatini</b> é bacharel em Letras-Italiano, Mestra (O teatro de Pirandello) e Doutora (Os contos de Antonio Tabucchi) em Literatura Italiana pela USP. Professora de italiano há dez anos, leciona esse Língua Italiana na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Assis</span><span style="color: #222222;">.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-46085286348479516752017-01-19T16:04:00.000-02:002017-01-19T16:33:12.361-02:00Antropologia visual: diferença, imagem e crítica<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjuL4HlvfAeljfrUkGQP0PAWjlMsr1ttI9eEGAE8R9pkXgzcBcA2x-Yv_9lS1Xa7xmP7uHW3XqP_02nncO_YXqs7JC39MLQd5fQxdXQf8t0wYjVBXpkmfBGaHHYMDCwudyxPfDm2jBkCNO/s1600/Antropologia+visual.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjuL4HlvfAeljfrUkGQP0PAWjlMsr1ttI9eEGAE8R9pkXgzcBcA2x-Yv_9lS1Xa7xmP7uHW3XqP_02nncO_YXqs7JC39MLQd5fQxdXQf8t0wYjVBXpkmfBGaHHYMDCwudyxPfDm2jBkCNO/s320/Antropologia+visual.jpg" width="306" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/antropologia-visual.html" target="_blank">Clique aqui e compre o livro.</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Na era da cultura imagética e visual fica difícil lidar com a prática científica, a pesquisa,
o ensino ou a aprendizagem sem utilizar imagens e vídeos ou se debruçar sobre eles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na virada dos séculos XX para XXI assumimos definitivamente que
as imagens são também forma de conhecimento e, portanto, envolvem
as construções de identidade, as disputas simbólicas e imaginárias,
os poderes, as dominações e resistências. Mais que nunca
precisamos falar das imagens e utilizá-las em nossas expressões,
reflexões e investigações. São destas coisas que Ronaldo Mathias
nos fala em seu livro Antropologia visual: diferença, imagem e crí-
tica: imaginários, sensibilidades e experiências que podem ser lidos
e compreendidos a partir do campo científico e acadêmico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este trabalho resgata a tradição antropológica do uso das imagens na
compreensão das culturas, da prática da leitura de suas iconografias ou
do emprego da fotografia e do audiovisual como ferramentas de pesquisa
com a produção de narrativas imagéticas sobre “o outro”. A dimensão
estética e as imagens ocupam atualmente papel central nos processos
cognitivos e nas formas de abordar e narrar a vida cotidiana contemporânea.
As percepções e experiências cotidianas estão nas agendas
do consumo e do marketing, assim como nos lazeres e processos comunicacionais; a estética, tanto como
constituinte do Homo sapiens, quanto como o jogo da arte da vida comum, estabelece as formas e os instrumentos
que permeiam as sociabilidades, as disputas, as identidades e os imaginários.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cultura imagética
está presente e acentuada não só nos mercados editoriais e midiáticos, mas também nos cotidianos vividos.
O dia-a-dia e a autorepresentação burguesa foram marcados pela fotografia: álbuns de família, fotografias
mortuárias e tumulares condensam os valores e práticas cotidianas burguesas; a emergência da cultura digital
trouxe o barateamento e ampliação do acesso às tecnologias de produção e distribuição de imagens, sons e
vídeos, alterando cotidianos, relacionamentos, percepções e repertórios, reverberando nas construções das
identidades e pertencimentos. Percepções, representações e imaginários entrelaçam-se na vida do Homo
sapiens desde o início da espécie, mas nos últimos dois séculos essa articulação tem ganhado novos temperos</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqjMcc6gFYzNjXuq4zmKc0_4tEDUDrg6t22t6n76hXW2iPKZuqxbsj9Xh7uxjX54tc4Xe21Edsq5kAim3nhXBXBcbP5DVG_mpkQKrwDKr2kJDB5xKLmcyBKNVtqFKwWZoJB3G5MoyrABHW/s1600/Antropologia+visual-Mathias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqjMcc6gFYzNjXuq4zmKc0_4tEDUDrg6t22t6n76hXW2iPKZuqxbsj9Xh7uxjX54tc4Xe21Edsq5kAim3nhXBXBcbP5DVG_mpkQKrwDKr2kJDB5xKLmcyBKNVtqFKwWZoJB3G5MoyrABHW/s200/Antropologia+visual-Mathias.jpg" width="145" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Ronaldo Mathias, doutor pela ECA-USP, é professor de Antropologia Cultural e História da Arte
na graduação e Arte e cultura na pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. É coordenador
do curso de Comunicação Social na mesma instituição. É autor do livro Antropologia e Arte pela Editora Claridade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-62153301320855720012015-11-05T10:51:00.003-02:002015-11-05T14:57:31.912-02:00Moacir Jupiassu ficou encantado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtFRMd1tq1M18DWTED4YZGmDYePXhJP5iq0Y4BxYk4MfMsRtjTNLZkHlYZ9JY7k0heEGqjj9blvT3jCxzsOgc8TAVmkJ-zFjCrRbtAUwtX-cwR-BXKPLJ8DFwg7pKlFjTgX1DNAxLBFfm7/s1600/Jupiassu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtFRMd1tq1M18DWTED4YZGmDYePXhJP5iq0Y4BxYk4MfMsRtjTNLZkHlYZ9JY7k0heEGqjj9blvT3jCxzsOgc8TAVmkJ-zFjCrRbtAUwtX-cwR-BXKPLJ8DFwg7pKlFjTgX1DNAxLBFfm7/s200/Jupiassu.jpg" width="175" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Para João Guimarães Rosa, "a gente não morre, fica encantada"... e foi assim que Moacir Jupisassu nos deixou abruptamente ontem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Autor e amigo da Nova Alexandria, com seu bom humor inteligente e crítico, ele esteve presente desde o nascimento da Editora. Criador dos prêmios Líbero Badaró e Cláudio Abramo, ficamos acostumados com sua presença sempre quente e de altíssimo astral. Nos descuidamos e ele, sorrateiramente, se encantou - ou, como diz outro autor ilustre nosso, Rolando Boldrim: partiu antes do combinado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, não pense ele que ficou livre de nós: seus textos, seus livros, sua graça, seu jeito de encarar a vida impregnou-se em nós e, até depois de todos ficarmos encantados, seu encanto permanecerá, para que os que vierem depois de nós colham nas mãos em concha e bebam a água fresca de suas mensagens cheias riso sadio, de humanidade e amor pela vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A equipe da Nova Alexandria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit6iPn4DMTmG5EKeGpyHQfuNVNgxRf3CU_VgWTSnwz2jNpZ6v7MtAtc-nTrgANQIoKzlM48_Lbme0os-GXrXmkeAygOVGOmoq7XgNTAmXeX8iMzkzpBEIatcAA5MvXTRYuZVEs0k5fa2Lq/s1600/danado-de-bom_-o-melhor-da-cozinha-nordestina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit6iPn4DMTmG5EKeGpyHQfuNVNgxRf3CU_VgWTSnwz2jNpZ6v7MtAtc-nTrgANQIoKzlM48_Lbme0os-GXrXmkeAygOVGOmoq7XgNTAmXeX8iMzkzpBEIatcAA5MvXTRYuZVEs0k5fa2Lq/s1600/danado-de-bom_-o-melhor-da-cozinha-nordestina.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: start;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/danado-de-bom-o-melhor-da-cozinha-nordestina.html" target="_blank"><b>DANADO DE BOM</b></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: start;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/danado-de-bom-o-melhor-da-cozinha-nordestina.html" target="_blank">Moacir Juapiassu</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: start;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/danado-de-bom-o-melhor-da-cozinha-nordestina.html" target="_blank"><br /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: start;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/danado-de-bom-o-melhor-da-cozinha-nordestina.html" target="_blank">Nesta “nova edição, retemperada e mexida suavemente com a colher de pau”, Moacir Japiassu apresenta a riqueza da culinária nordestina.</a></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-26971043212763791002015-10-26T14:07:00.001-02:002015-10-26T14:58:09.197-02:00Literatura de cordel no Porto Seguro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicCK-TjDfiA5ynjEe-FFzVvRNWEkyrpoUIu7s44wmEBktquZ71WMjUvHhcbkfqyQE8uFhbVB-HJFIHS-hH8SAwSq8dllM_R0NPDU8SETgnx_oY6k4-SJhbZXnaGWDY4towwOO9so3qbyj5/s1600/Sebastiao+Marinho+e+Joao+Gomes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicCK-TjDfiA5ynjEe-FFzVvRNWEkyrpoUIu7s44wmEBktquZ71WMjUvHhcbkfqyQE8uFhbVB-HJFIHS-hH8SAwSq8dllM_R0NPDU8SETgnx_oY6k4-SJhbZXnaGWDY4towwOO9so3qbyj5/s320/Sebastiao+Marinho+e+Joao+Gomes.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sebastião Marinho e João Gomes de Sá na biblioteca do colégio<br />
Porto Seguro - Panambi (Zona Sul de São Paulo).</td></tr>
</tbody></table>
Por Jeosafá.<br />
<br />
O poeta João Gomes de Sá e o repentista Sebastião Marinho estiveram no último sábado, 24 de outubro, na biblioteca do colégio Porto Seguro - Panambi, Zona Sul de São Paulo.<br />
<br />
O colégio é uma importante instituição privada de educação, que tem no cordel um interesse particular. A presença dos dois artistas é mais um capítulo do esforço da Editora Nova Alexandria em fazer chegar a nossos estudantes o que há de melhor e mais atual na cultura popular brasileira.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ARdd4CTI4dw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ARdd4CTI4dw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
Pelos versos da literatura de cordel passam a história, a geografia, as identidades, o humor e a versatilidade do Brasil, que se inventa e reinventa continuamente, a cada imigrante que por aqui chega com seus sonhos, expectativas e cultura.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNvfoiHW7IRIz5NSxioUHo4VGq0c_XLxhy4WiQ21reHegLFJfvGy3AzQLCHu1M7aitNccG1tvb-JVpiETO8UdIxIEYERKVlM2qpnIhdut1QLhmqUREut5xR3yWvNS9BCYHc3yNtzHvoLp/s1600/romeu-e-julieta---em-cordel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNvfoiHW7IRIz5NSxioUHo4VGq0c_XLxhy4WiQ21reHegLFJfvGy3AzQLCHu1M7aitNccG1tvb-JVpiETO8UdIxIEYERKVlM2qpnIhdut1QLhmqUREut5xR3yWvNS9BCYHc3yNtzHvoLp/s200/romeu-e-julieta---em-cordel.jpg" width="200" /></a></div>
De maneira lúdica e inteligente, o cordel pinta quadros os mais variados da gente que escolheu o Brasil para sua casa definitiva. Porém, também retrata as experiências de outros povos, por meio da adaptação de clássicos da literatura universal, com é o caso da coleção Clássicos em Cordel.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-5746517035091645572015-10-23T11:10:00.000-02:002015-10-23T11:12:10.827-02:00Direitos Civis nos EUA<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" style="clear: both; color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; margin: 10px auto 5px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielmyHnfTDv7iYww-PS58uN86gTnpM6EwodK7AcnBi0NKwDK6igJfR77OVeqpQuR1_ffeOetuKU6l-d-xfUROcKWd2ucOhIoa2BvbQ9iVRHBZ63UVdSxlg4LHcx3BGNDtUVjcPNaZ7h2j5/s1600/Freedom+Riders+63.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielmyHnfTDv7iYww-PS58uN86gTnpM6EwodK7AcnBi0NKwDK6igJfR77OVeqpQuR1_ffeOetuKU6l-d-xfUROcKWd2ucOhIoa2BvbQ9iVRHBZ63UVdSxlg4LHcx3BGNDtUVjcPNaZ7h2j5/s320/Freedom+Riders+63.jpg" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGfsH1dIZ4aNakWk5J22cXq-bwgPklPO0eOIlxx96XM_9ZNIzQwxjWNGUnTGkME2KcPoGGcjWvUmcWL7p-E-84slgOGFYUKFBv05EO4uh3s9hkSus9c8rvAXSrOrbI0ihgGtSBlWg74ftr/s1600/Freedom+Riders+63.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #009eb8; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; outline: none; text-align: justify; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><span style="color: #333333; line-height: 1.4; text-align: justify;">A escravidão não é criação da era moderna. A Grécia antiga, inventora da democracia, empregou o trabalho forçado como parte de sua estrutura social e produtiva – estando os escravos, como se sabe, excluídos dos direitos de participação nas decisões públicas.</span></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="line-height: 1.4;">Por Jeosafá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="line-height: 1.4;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="line-height: 1.4;"><i>Aula comunitária no colégio Rio Branco Granja Viana e Higienópolis</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="line-height: 1.4;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="line-height: 1.4;">A china praticou a escravidão em larga escala, e a rigor, ela só foi extinta com a revolução comunista de Mao Tse Tung, quando, deposto o último imperador, os eunucos foram libertados, e quando seus escrotos secos, guardados em caixinhas, lhes foram devolvidos pelos revolucionários, como símbolo de que os vínculos com seu senhor estava definitivamente extinto (no</span><span style="line-height: 1.4;"> </span><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-2865/" style="color: #009eb8; display: inline; line-height: 1.4; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;" target="_blank">filme O último imperador</a><span style="line-height: 1.4;">, de Bernardo Bertolucci, essa cena é particularmente perturbadora).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU24REk8WppbKufgwZpoo5CP_neW4Gt8-pPQlrdZpYfQmPTvJtihQkrzLORx3xEkE1oRPg5YFFPzUFoUjmvOKN1qi3dafqheEEreQUdAEmGrtNl0n9LoQCBV5foSJlareV03Q2TN-T-Gxc/s1600/Freedom+Riders+60.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; color: #009eb8; display: inline; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU24REk8WppbKufgwZpoo5CP_neW4Gt8-pPQlrdZpYfQmPTvJtihQkrzLORx3xEkE1oRPg5YFFPzUFoUjmvOKN1qi3dafqheEEreQUdAEmGrtNl0n9LoQCBV5foSJlareV03Q2TN-T-Gxc/s1600/Freedom+Riders+60.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" /></a>Por toda a América pré-colombiana há registros de escravidão: maias fizeram escravos, aztecas fizeram escravos, incas fizeram escravos. No Brasil pré-Cabral, era comum o sequestro de mulheres após guerras entre tribos. A função da mulher sequestrada era a de, incorporada à força, tornar-se esposa de algum jovem da tribo vencedora. Se a esse casamento compulsório com o filho ou mesmo o próprio matador de seus pais – para fins de garantir descendentes saudáveis a partir de um estoque genético diverso – não chamamos de escravidão sexual, é por zelo para com uma prática indígena que, praticada hoje nas sociedades ocidentais, recebe, sim, a classificação de escravidão sexual – condenada e punida por leis nacionais e internacionais.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; padding: 4px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagHNWAHBWVSLpAW0GdxWPHwR2gPDQmu8CB4crVD6I-nADWKl4u11rM0ixtYNwtn_rzv1Cvb7hKB0dwppevgSd2UJw1Dz6lbkFxt3bWKQSCpknlSwrPo9Da2U_IbDMe5uVrVwj6v9C-iYw/s1600/Freedom+Riders+53.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagHNWAHBWVSLpAW0GdxWPHwR2gPDQmu8CB4crVD6I-nADWKl4u11rM0ixtYNwtn_rzv1Cvb7hKB0dwppevgSd2UJw1Dz6lbkFxt3bWKQSCpknlSwrPo9Da2U_IbDMe5uVrVwj6v9C-iYw/s320/Freedom+Riders+53.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Colored: Negros, índios e mexicanos no fundo do ônibus.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Assim, é um erro grotesco considerar que a discriminação racial em razão da escravidão ou por outros motivos recai somente sobre os negros. Nos dias de hoje, palestinos são alvo de racismo em Israel, tanto quanto judeus foram vítimas do ódio nazista na Alemanha hitlerista. Na Espanha de Franco, ciganos foram perseguidos com crueldade, tanto quanto chineses foram massacrados durante a 2ª. Guerra por japoneses imperiais, estes embalados pelo delírio de superioridade racial.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
O racismo tem-se revelado ao longo dos séculos e milênios como uma estratégia violenta de grupos sociais para submeter, explorar e expropriar outros grupos. Riquezas imensas produzidas pelo povo judeu foram saqueadas por nazistas e fascistas e o próprio indivíduo semita teve seu corpo exaurido até a última gota de energia nos campos de concentração do III Reich. O objetivo principal do Japão ao invadir a China não foi instaurar uma “civilização mais avançada”, mas estabelecer um império político no extremo da Ásia para explorar as imensas riquezas continentais dessa região.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf9JPkQTfLjCXbYOF_dBV1f_HnYs72wTtgtK5vDxBe2qNLH9LQnKgldA1WFgondfhQBiHQLJ3ARO6_NoOXBaZ90xjLNPWuKe0vn58NhvZcy6C5B29er4BBwnxWTTxIeR0X9mQvPJLMzQ_n/s1600/IMG_0321.JPG" imageanchor="1" style="color: #009eb8; display: inline; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf9JPkQTfLjCXbYOF_dBV1f_HnYs72wTtgtK5vDxBe2qNLH9LQnKgldA1WFgondfhQBiHQLJ3ARO6_NoOXBaZ90xjLNPWuKe0vn58NhvZcy6C5B29er4BBwnxWTTxIeR0X9mQvPJLMzQ_n/s640/IMG_0321.JPG" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px;">Aula comunitária sobre os Direitos Civis nos EUA para estudantes do colégio Rio Branco - Granja Viana (17/10/15).</td></tr>
</tbody></table>
Assim, o argumento de superioridade racial nunca passa de um álibi para, criando-se em um grupo de força uma coesão interna a partir de um a farsa, explorar e extorquir – o que não se faz sem muita violência e, por oposição, muita resistência.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyV8V8bZC_B9mcUW76Nr2c90EfCjEw1M87U_ErlIMoIlRjfmutMuVJDpmP6Q7uTIHQyh8EWliye2PhDeOwI0x2qcuMssUZ34K6IPOzZpEP5cqPlLi1K4BL-wRWZPACIUy2XLofHkmFEw3/s1600/Rio+Branco+Hig-1.jpg" imageanchor="1" style="color: #009eb8; display: inline; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyV8V8bZC_B9mcUW76Nr2c90EfCjEw1M87U_ErlIMoIlRjfmutMuVJDpmP6Q7uTIHQyh8EWliye2PhDeOwI0x2qcuMssUZ34K6IPOzZpEP5cqPlLi1K4BL-wRWZPACIUy2XLofHkmFEw3/s640/Rio+Branco+Hig-1.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px;"><span style="font-size: 12.8px;">Aula comunitária sobre os Direitos Civis nos EUA para estudantes do colégio Rio Branco - Higienópolis (22/10/15).</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; padding: 4px; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs2MPniPgMn5am65wnopAL9E7GxJcE7yc-L-3UNu6YvYfw3hEQIdR2_Q8no6_B9w-7BHvVzSiCnGDq7yG9VqMxB4DVG67lPA7lCnry800wjEAb1O1kvXmkpA7coiGYlIlIoOXLqnhK5A0a/s1600/Freedom+Riders+64.gif" imageanchor="1" style="clear: right; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs2MPniPgMn5am65wnopAL9E7GxJcE7yc-L-3UNu6YvYfw3hEQIdR2_Q8no6_B9w-7BHvVzSiCnGDq7yG9VqMxB4DVG67lPA7lCnry800wjEAb1O1kvXmkpA7coiGYlIlIoOXLqnhK5A0a/s200/Freedom+Riders+64.gif" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Servimos apenas brancos .<br />
Nunca hispânicos, nem mexicanos.</td></tr>
</tbody></table>
Porém, não há historiador que não admita ter sido a escravidão negra um dos pilares do capitalismo emergente das Grande Navegações, tendo alimentado, ela própria, a escravidão, grande parte das rotas marítimas atlânticas entre os séculos XVI e XIX, no chamado comércio triangular (uma metrópole europeia, um posto de compra de escravos na África ocidental e uma colônia na América).<br />
<br />
É essa proeminência da exploração da mão de obra escrava negra oriunda da África que levará um dos maiores líderes da luta contra o racismo nos EUA, o jovem Malcolm X, a afirmar: “Não existe capitalismo sem racismo.”</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Nos EUA, tanto quanto por toda parte em que foi empregada, a escravidão e a discriminação racial deixaram e deixam ainda marcas profundas, que sequer o amontoamento de séculos sobre séculos futuros apagará. Essas marcas, embora as mídias contemporâneas se apressem em soterrar com avalanches de imagens dispersivas, estão por toda parte, e com o advento da internet, se espalham e se oferecem como fontes de reflexão para quem não deseja que semelhantes episódios de injustiça e vergonha se repitam.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; padding: 4px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAfWF8xOf_a3RaIshlM7g5L8w51CyhTGSh3xbLt0kBgnrA7FE-zRdSO31RbMBP56zTNz-SsVy3mSYEYn29WB5BdpvQEOwLHqa4fwLuoPev754TzQuuFFZt4lr00IFz9zRmC6wi1ZCLYG0x/s1600/Freedom+Riders+36.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAfWF8xOf_a3RaIshlM7g5L8w51CyhTGSh3xbLt0kBgnrA7FE-zRdSO31RbMBP56zTNz-SsVy3mSYEYn29WB5BdpvQEOwLHqa4fwLuoPev754TzQuuFFZt4lr00IFz9zRmC6wi1ZCLYG0x/s320/Freedom+Riders+36.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Linchamentos legalizados no Sul dos EUA.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
A luta pelos direitos civis nos EUA, por exemplo, não é recente. Com a vitória dos ianques sobre os confederados na Guerra Civil Americana (1861), também chamada Guerra da Secessão – pois o Sul tinha intenção de se separar do Norte –, o fim da escravidão foi imposto pelos vencedores aos vencidos na forma de lei federal que, em última instância, reconhecia igualdade entre brancos e negros, todos agora cidadãos livres de um mesmo país.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Porém, mergulhados no ressentimento da derrota e do ódio racial, bem como apoiados na grande independência administrativa que a Constituição dos EUA faculta aos estados, os do Sul passaram a confrontar a legislação federal por meio de aprovação de leis estaduais abertamente racistas. Esses esses dispositivos de submissão e de segregação racial que tornaram os negros cidadãos de segunda classe em seu próprio país, foram sendo aprovadas paulatinamente nos legislativos estaduais desde 1876, vigoraram até 1965, e ficaram conhecidas como leis Jim Krow – apelido que se deve ao personagem empregado por racistas para ridicularizar os negros nos EUA.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; padding: 4px; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW9ugmesFEOSlcvrFQUhkCCSD46f-UkM5xu4NmCupCSvIW6qo_Q0Okeovht-eQpb9xKuq63KJANUuP8hb6dYMF_2NGDDuvPdGYRPg5F72wzHNTw-qmiaOpzMuQfsUNDKpByKq850QKRWcL/s1600/Freedom+Riders+46.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW9ugmesFEOSlcvrFQUhkCCSD46f-UkM5xu4NmCupCSvIW6qo_Q0Okeovht-eQpb9xKuq63KJANUuP8hb6dYMF_2NGDDuvPdGYRPg5F72wzHNTw-qmiaOpzMuQfsUNDKpByKq850QKRWcL/s320/Freedom+Riders+46.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Jim Krow: caricatura humilhante que<br />
emprestou o nome às leis racistas nos EUA.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Assim, a luta pela igualdade, vencida, ao menos no terreno legal (pois as explosões sociais de <span style="text-align: start;">resistência de negros contra o racismo nos EUA, todos o sabem, são frequentes), em 1964 com a promulgação </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_dos_Direitos_Civis_de_1964" style="color: #009eb8; display: inline; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;">Lei dos Direitos Civis</a>, durou noventa anos, período durante o qual todo tipo de violação aos direitos humanos foi cometido com amparo legal local no interior do país que se apresentava e se apresenta ao mundo como campeão da liberdade e dos direitos individuais.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
As leis Jim Krow não apenas segregavam seres humanos pela cor da pele, proibindo que uns tomassem água no bebedouro de outros, ou se sentassem nos mesmos bancos de praças ou transporte coletivo, como algumas delas estimulavam o ódio racial e disciplinavam o linchamento de negros em praças públicas. Essas leis, a rigor, eram ainda piores do que as empregadas no período da escravidão, pois não tinham com alvo um ou outro escravo fujão ou escrava com a péssima mania de andar com o queixo erguido, mas todo e qualquer cidadão negro, toda e qualquer mulher ou criança negra, não necessitando de motivações quaisquer além do preconceito e do rancor.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Num dos períodos mais agudos de resistência ao racismo na década de 1960 e na luta pela aprovação da Lei dos Direitos Civis, surgiram os <i>Freeddom Riders</i>, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Viajantes_da_Liberdade" style="color: #009eb8; display: inline; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;">Viajantes da Liberdade</a>, caravana de jovens, estudantes, intelectuais e militantes negros e brancos que, unidos, decidiram confrontar a racismo legal imperante nos estados do Sul.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; padding: 4px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLLTU2oNjlJe-6eupflmOdRv83WtcR4mAKvlNwuaqxnS7pgGOfrasdmf5KcmrlHYtwHDnjw0KOWQxaSf9wL0XfmNT4iT9ob1MbE9KIZcB7qEvSvtWnHwa5ebgdizcQgD7QdkDIwB7-yfV/s1600/Freedom+Riders+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLLTU2oNjlJe-6eupflmOdRv83WtcR4mAKvlNwuaqxnS7pgGOfrasdmf5KcmrlHYtwHDnjw0KOWQxaSf9wL0XfmNT4iT9ob1MbE9KIZcB7qEvSvtWnHwa5ebgdizcQgD7QdkDIwB7-yfV/s320/Freedom+Riders+2.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Freedom Riders: caravana da liberdade.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Essas caravanas de ônibus em que brancos e negros se sentavam lado a lado, cruzaram os estados sulinos, sendo recebidas com violência pela Ku Klux Klam – sempre apoiada pela polícia local e mesmo por agentes federais racistas, que transmitiam informações sobre o roteiro dos ônibus.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Obviamente, na vanguarda dessas caravanas da liberdade estavam os principais atores: negros e negras dispostos a conquistarem definitivamente para si e para as gerações futuras de afrodescendentes norte-americanos o estatuto de cidadania plena. Porém eles encontraram em seus colegas brancos não racistas apoio decisivo – o que não impediu que os dois principais líderes negros dos EUA fossem assassinados: Malcolm X em 1965 e Luther King em 1968.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; padding: 4px; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeNaRGL5JA-WqXsMw6d_XxIB1uJaVYfVmVvhdHe_1-jkwiLv44gmzohgRwU98EvbNpX84IDmhWiAoEoHyWMD0u1Y_42tNgFQTkBeiD7GG91OlEuK9c4jn1T1eR7KCBjOOT6D8lL0CjX0TP/s1600/Freedom+Riders+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; color: #009eb8; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeNaRGL5JA-WqXsMw6d_XxIB1uJaVYfVmVvhdHe_1-jkwiLv44gmzohgRwU98EvbNpX84IDmhWiAoEoHyWMD0u1Y_42tNgFQTkBeiD7GG91OlEuK9c4jn1T1eR7KCBjOOT6D8lL0CjX0TP/s320/Freedom+Riders+4.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="309" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11.2px; text-align: center;">Ônibus dos Freedom Rider incendiado .</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
A principal lição que essas caravanas deixaram a todos, não só aos norte-americanos, é a de que a luta pela igualdade, contra todos os tipos de discriminação e preconceitos não diz respeito apenas às vítimas diretas deles. Se eu sou branco, tenho um amigo negro e ele é humilhado, eu fui também. Se meu vizinho japonês é ofendido por causa de seus olhos puxados, os meus olhos também foram furados. Se uma piada nazista atinge um amigo judeu, eu fui jogado no forno junto com ele. Se uma manifestação de intolerância manda que meus amigos nordestinos voltem para sua terra depois de eles terem erguido a maioria dos grandes edifícios de São Paulo, eu fui convidado a partir da minha terra com eles.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
Porém, a verdade é que eu não preciso ter um amigo negro, japonês, judeu, palestino, nordestino, sírio, gay, lésbica, transsexual, deficiente físico ou com limitação intelectual para me posicionar em defesa da igualdade e da justiça, pelo simples motivo de que, em milhares de anos estudados pela história, não se conhece um único exemplo de que o ódio, a intolerância, a escravidão tenham construído nada. Onde prosperou a histeria coletiva, ali imperou os piores momentos da humanidade.<br />
<br />
Agradecimentos às professoras Sandra (Granja Viana) e Laís (Higienópolis), à bibliotecária Valéria (Higienópolis) e aos estudantes do colégio Rio Branco, em que fui recebido com verdadeiro tapete vermelho e com imenso carinho, que espero ter retribuído com o que tenho aprendido em minhas pesquisas e aulas compartilhadas.<br />
<br />
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Leia também</b>:</div>
<br />
<h1 class="title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #fafafa; display: table-cell; font-size: 20px; font-weight: normal; margin: 0px; padding: 0px 40px 0px 0px; position: relative; text-align: center; vertical-align: middle; width: 670px;">
<a data-id="7158238518573061541" data-item-type="post" href="http://amplexosdojeosafa.blogspot.com/2015/10/desde-queda-do-imperio-romano-periferia.html" itemprop="url" rel="bookmark" style="color: #333333; display: inline; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;"><span style="color: blue;">Desde a queda do Império Romano, a periferia devora o centro</span></a></h1>
<br />
<span style="clear: left; float: left; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-lMola8Frh6y_FwdlLdDkclxquY0rNOPysok5m_mR-iftrkO2bpMb74-aecvmRRnMl97gmG7dAV36DssspfhY5riWjDtqgBUcLZ7vGFICBcGOPvgBhDYl1q81l2xCTXTo5JWTYONcTpXX/s1600/Jeosa-Estadao.jpg" style="-webkit-border-image: url(data:image/png; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 9; border-image-source: url(data:image/png; border-image-width: 9px; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px;" width="200" /></span><br />
<span style="font-family: inherit; line-height: 19.6px;"><b style="line-height: 21.7778px;"><a href="http://amplexosdojeosafa.blogspot.com.br/" style="color: #009eb8; display: inline; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;" target="_blank">Jeosafá </a></b><span style="line-height: 21.7778px;">é escritor e professor Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo. Autor de mais de 50 títulos por diversas editoras, lançou em 2013 </span><i style="line-height: 21.7778px;"><a href="http://amplexosdojeosafa.blogspot.com.br/2014/02/o-jovem-mandela-entrevista-galileu.html" style="color: #009eb8; display: inline; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;" target="_blank"><b>O jovem Mandela</b></a></i><span style="line-height: 21.7778px;"><b> </b>(Editora Nova Alexandria) e em maio deste ano, nos 90 anos de Malcolm X, </span><a href="http://amplexosdojeosafa.blogspot.com.br/2015/02/evoe-malcolm-x-ha-50-anos-malcolm-x-era.html" style="color: #009eb8; display: inline; line-height: 21.7778px; outline: none; text-decoration: none; transition: color 0.3s;" target="_blank"><i><b>O jovem Malcolm X</b></i></a><span style="line-height: 21.7778px;">, pela mesma editora.</span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-26397372599008694682015-10-15T12:40:00.001-03:002015-10-15T12:40:16.595-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; text-align: left;">Tarde agradável no Mackenzie Tamboré. A palestra do cordelista e estudioso da cultura popular, Marco Haurélio sobre: "O que é e como trabalhar o Cordel e a Cultura Popular em sala de aula", foi muito proveitosa, para não dizer emocionante.</span></div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj61EuQd3rBKFx3mrJs2-jePvW8hTjtZbMfLg8AfQsA5PZthfo5w4bsw9rAkESJ_XeiW0s_C_NL8NWCEfAz5kZ-62PkyC5HNK8F1fDJyecR56Ct6ZEc8YmRSa412YFl8h0qv43d9GqIAb9F/s1600/IMG_20151014_162519590_HDR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj61EuQd3rBKFx3mrJs2-jePvW8hTjtZbMfLg8AfQsA5PZthfo5w4bsw9rAkESJ_XeiW0s_C_NL8NWCEfAz5kZ-62PkyC5HNK8F1fDJyecR56Ct6ZEc8YmRSa412YFl8h0qv43d9GqIAb9F/s320/IMG_20151014_162519590_HDR.jpg" width="320" /></a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-51573918506867653592015-10-02T17:19:00.002-03:002015-10-02T17:25:48.871-03:00Quanto mais amor a gente tem, mais medo a gente sente.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="background-color: white; font-family: 'Helvetica Neue'; font-size: 14px; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;">Por André J. Gomes.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiZwUB57ap7Pv3XZTigEyweGavY97Mh9jrxwmIDFlmG2etRx6UlJr9Olf1eyJoVLneFYPJRJNcr6PU1n2tcKWYLNX9qvR7w7yOk4tefVARBS1x9wO82Ca79PcyI-2iT-k70lWok0K2IEk/s1600/Picture-3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiZwUB57ap7Pv3XZTigEyweGavY97Mh9jrxwmIDFlmG2etRx6UlJr9Olf1eyJoVLneFYPJRJNcr6PU1n2tcKWYLNX9qvR7w7yOk4tefVARBS1x9wO82Ca79PcyI-2iT-k70lWok0K2IEk/s400/Picture-3.png" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10.5pt;"><br /></span><span style="font-size: 10.5pt;">Quem tem amor tem medo. Eu tenho. Todo mundo tem. É assim mesmo, sempre foi.
Uns têm mais. Outros, menos. Outros tantos, quase nada. Tem ainda os que morrem
de pavor mas vivem negando. De qualquer jeito, toda criatura que sente amor,
toda alma que já amou alguém na vida também já sentiu medo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Você pode discordar. Pode ser daquela gente especial, pessoa
dotada do superpoder de não ter medo de nada. Eu acredito, invejo. Adoraria ser
assim, mas eu não sou, não. Eu sofro de amores e pavores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Tenho aqui um monte de amor. Está ali, ao lado daquela montanha de
medo. Viu? Tenho mesmo. Adoraria, ah, como eu queria acreditar que “quem tem
amor de verdade não tem o que temer”. Eu já acho que quanto mais amor a gente
tem, mais a gente teme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Cada amor que faz de nós sua casa traz consigo um medo à espreita
no porão. É preciso cuidar dele também. Mandar comida por debaixo da porta,
abrir a janela e deixar entrar o sol. Vez em quando até soltá-lo à noite,
deixá-lo errar por aí na solidão do escuro, enquanto as crianças dormem. Ele
vai. O medo vai, mas sempre volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Quem tem amor, tem medo. Tal qual os pais e as mães cheios de amor
e de medo das bactérias e dos canalhas, das doenças e da maldade que ameaçam
suas crianças, os amantes também têm medo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">É medo de ver o amor acabar como acabam a água, o leite, a comida
da despensa. Medo de não ter para onde ir buscar mais. Medo da sombra que paira
no olhar da pessoa amada depois do riso, medo de não ser aceito, medo das
conversas pontuadas de silêncios tensos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Também tem o medo da insegurança que vira e mexe nos acomete e,
por ironia suprema, nos afasta de quem amamos pelo simples pavor de perder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Há quem sinta medo de deixar o medo travar-lhe as pernas e
endurecer-lhe o coração. Medo de se permitir paralisar. E tem aqueles que
sentem medo de não perceber o óbvio: aos que amam, o medo é um aviso sublime. É
o alerta divino para cuidar do amor. É a consciência de que o ser amado pode
partir, de que o amor periga fraquejar ninguém sabe quando. Então é melhor
amá-lo agora e amanhã e depois e depois e depois. Só assim o medo esmorece. E
se esconde no escuro solitário do porão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 15.0pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Amor é sentimento irmão do medo. Quem tem um, tem o outro. Pode
ser pouco, pode ser muito. Mas há sempre um medo repousando no coração dos
amantes. Ou para que serviria a tal coragem de quem ama se não há medo nenhum a
enfrentar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 10.5pt;">Então,
que o amor nos venha cheio de medos inevitáveis. Que venha! É melhor viver com
amor e sentir medo que morrer de medo e viver sem amor.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri; font-size: 12pt;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-40479062046669873682015-09-29T15:17:00.000-03:002015-09-29T15:41:34.591-03:00Beethoven.sp.br<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit;">Por
Augusto Rodrigues.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw5UzTb0dXj2ESAcFtEGgl1D85GQZ9PqZvQNy0zKuTYxxG0VK-JJv9-XLk8rcDFDUNrxkE1wm-GpoZayjrakLv9BNKnQAWIpon7_XcDYtudlyrWKUN39WHYtiy42Uv0mCdg2kjbkJj5CvE/s1600/j%25C3%25BAlio+prestes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw5UzTb0dXj2ESAcFtEGgl1D85GQZ9PqZvQNy0zKuTYxxG0VK-JJv9-XLk8rcDFDUNrxkE1wm-GpoZayjrakLv9BNKnQAWIpon7_XcDYtudlyrWKUN39WHYtiy42Uv0mCdg2kjbkJj5CvE/s640/j%25C3%25BAlio+prestes.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Quando entrei na fila, estiquei
o pescoço para o lado e contei as pessoas à minha frente: doze. Seis senhoras,
dois senhores, um carequinha de meia idade, um gordinho de uns trinta anos, um
adolescente sonolento e uma moça baixa. Todos muito bem vestidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">As seis senhoras conversavam
sobre a acústica de casas de concerto na França e na Itália. Os dois senhores
não se falavam. O carequinha lia a <i>Veja</i>.
O gordinho lia o <i>Estadão</i>. O
adolescente sonolento ouvia música nos fones de ouvido. A moça baixa olhava em volta
e para as pessoas na fila, batendo o bico do sapato no chão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Era um belo dia: o sol
iluminava o céu claro e já começava a esquentar. Embora o movimento na praça
fosse ainda baixo, passava um ou outro a pé por ali a todo o momento. Alguns
até cruzavam pela fila, em vez de contorná-la. Um deles era um ceguinho negro,
muito pobre, que apalpava o chão com uma vareta, talvez ainda neófito nessa prática,
pois tinha muita dificuldade de andar pela rua. De repente, trombou com uma das
senhoras na fila, que ficou horrorizada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Desculpem. Onde é o
metrô? — perguntou o ceguinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– É mais para lá. Aqui é a
Sala São Paulo –– respondeu o carequinha, com tom de piedade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Como estávamos todos
virados para o outro lado, não tínhamos visto o ceguinho se aproximar. Depois
que passou por nós, ele ia ainda rente às paredes da Sala, às vezes esbarrando
em suas quinas. Mais lá à frente, vi que um homem que passou por ele, também
negro, ofereceu ajuda para conduzi-lo até aonde queria ir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Dois minutos em seguida, um
mendigo, ainda criança, pediu ao carequinha um real para comprar um café com
leite. Este lhe deu o dinheiro, e voltou a ler sua <i>Veja</i>. Um minuto depois, mais dois mendigos infantis, sujismundos e esfarrapados,
vieram pedir dinheiro às senhoras e ao carequinha. Também para um café com
leite. As senhoras negaram e se afastaram, com uma expressão de repulsa e medo.
Com o cenho franzido, elas olharam para a unidade comunitária móvel da Polícia
Militar estacionada logo ali em frente. O carequinha deu um real para cada uma
das crianças, que lhe agradeceram muito. Após mais alguns instantes, o primeiro
menino voltou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Muito obrigado, senhor.
Deus te abençoe — disse ele ao carequinha, mostrando o copo de café com leite
na mão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">O carequinha sorriu e não
disse nada. O menino foi embora. As senhoras o acompanharam com os olhos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">“Sei que este é um concerto
concorrido, por isso cheguei uma hora antes de a bilheteria abrir” –– pensei eu
comigo. “Além do mais, tenho estado esperando para assistir à Nona Sinfonia há
mais de vinte anos. Aliás, os músicos bem que poderiam ter alguma outra
entrada, para não ter de ficar cruzando a fila da bilheteria para entrar e sair
da Sala. A maioria deles parece ser loira de olhos claros. Algumas moças têm
uma expressão bem eslava, talvez russa.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Junto com o crescente movimento
de músicos entrando, a fila aumentava atrás de mim: agora eram mais dez que
também esperavam ansiosos pela abertura da bilheteria, dali a meia hora. Quando
olhei para a rua Mauá para verificar se meu carro ainda estava ali, vi uma
mulher de meia idade, bastante obesa, surgindo de repente com um sorriso
efusivo entre os mendigos e os músicos, e olhando para a fila. Foi recebida
logo depois pela moça baixa, bem à minha frente. As duas sorriam, parecendo
felizes com o encontro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Um senhor com os seus setenta
anos, que estava atrás de mim, saltou à frente e abordou a recém-chegada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Se vai comprar ingresso,
vá para o fim da fila — disse ele, com firmeza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A mulher obesa ignorou o
senhor, que tinha um forte sotaque alemão, olhos claros atentos por trás dos
óculos, e um corpo esguio ligeiramente arqueado. O homem voltou ao seu lugar.
Após cinco minutos, tornou a abordar a mulher: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– A fila está aumentando
lá atrás. Você está perdendo tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Eu já tinha avisado a
ela que chegaria mais tarde. Eu venho de muito longe –– retrucou a mulher. O
senhor não se impressionou, e disparou: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Ah, sim, então eu tenho
dez amigos que morão muito longe que entraram aqui no fila quando chegarem
também, passando no frente de todos esses outras pessoas que chegão aqui
primeira! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Indignado, embora ainda
contido, ele entrou na bilheteria e foi falar com alguém. Voltou e retomou seu
lugar atrás de mim. Logo depois, saiu da fila novamente e abordou o carequinha,
logo à frente das duas mulheres, procurando ganhar um partidário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Volta para o seu lugar,
cara, e fica na boa. Olha esse sol, esse céu azul. Não vou deixar você estragar
meu dia — retrucou o carequinha. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">O alemão tentou ainda
reclamar com alguns dos homens mais atrás, que, assim como a mulher obesa, o
ignoraram. Percebeu então que ninguém ali parecia se importar com o fato de
aquela mulher ter “furado” a fila, nem mesmo os seguranças ou o pessoal da
bilheteria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Faltavam
dez minutos para a abertura das portas. Uma mulher, sujismunda e esfarrapada,
veio em direção à fila e abordou uma das senhoras, enquanto esta papeava com
suas companheiras sobre os concertos que assistira em Viena, por tantos anos a
capital mundial da música erudita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Senhora, dá uma moeda
pra mim tomar um café? –– disse a pedinte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A senhora negou e, com uma
expressão de repulsa e medo, se encolheu. As outras senhoras olharam para o
segurança ali na porta, que, para o horror de todas elas, gargalhava e gesticulava
com um dos homens da limpeza, de costas para a fila. A moradora de rua se
afastou, com a raiva, a vergonha e a miséria estampadas nos olhos. O alemão
atrás de mim, agitado e inconformado, discutia com todos os outros na fila,
esperando que compreendessem o que acontecia ali. Alguns também acreditavam que
aquilo não era certo, mas não faziam menção de querer intervir. O homem esguio
de olhos claros parecia estar sozinho em sua causa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Dez horas. A bilheteria
abriu, e as pessoas começaram a entrar. Inquieto, o alemão tirou o celular do
bolso e discou o número do Ingresso Rápido, que tinha pedido a alguém atrás
dele. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Sim, estou aqui no fila
do Sala São Paulo para comprar passagens para o Nona de Beethoven. Quero saber
se pôde comprar lá com vocês. Sim, sim, pode ser. Plateia central é bom. Duas
ingressos, por favor. Eu tenho <i>Visa</i>.
Obrigado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Desligou e foi embora.
Quando ele saiu da fila, todo o pessoal mais à frente, que não tinha ouvido sua
conversa como eu ouvi, estava curioso para saber o que havia acontecido com o “gringo
encrenqueiro”. “Ele foi embora? Ele desistiu? Tem gente que gosta de criar
problema mesmo, não é? Deve ter levantado com o pé esquerdo. Que sujeito mais
desagradável. Ele queria era estragar o nosso dia. Sujeito infeliz” –– eram os
comentários que se ouviam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A fila andava depressa, já
que havia três caixas atendendo lá dentro (segundo especulavam à minha frente).
Atrás de mim, já haviam se juntado dezenas de outras pessoas. A fila era
grande. O gringo tinha mesmo sumido, mas os olhares de muitos ainda o
procuravam, nervosos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">“No dia de sua <i>première</i>, sete de maio de 1824” — pensava
eu comigo, enquanto olhava as pessoas entrando ––, “o Kärntnertortheater em
Viena estava tão lotado quanto a Sala São Paulo estará daqui a dois meses,
quase duzentos anos depois. Quase que posso ver o mestre envelhecido no palco,
de costas para o público, sendo chamado pela jovem contralto Caroline Unger
para que se virasse, pois a plateia aplaudia com ardor. Como ele não podia
ouvir, tinha de ver todas aquelas palmas absolutamente jubilosas. As cinco
ovações que o público lhe dera naquela noite era algo nunca antes visto para
alguém que não pertencia à família real e nem mesmo era funcionário do Estado.
Mas aquela noite não terminara ali. Depois da apresentação, o velho mestre,
muito comovido com tamanha acolhida, foi acompanhado de volta à sua casa na
Schwarzspanierstrasse por alguns amigos, que lhe mostraram, então, com mais do
que um certo receio, os números da conta do concerto. Quando o mestre leu o que
restara para ele após o pagamento do teatro, dos músicos e de todos os
copistas, caiu duro, desmaiado. Os amigos ergueram-no e o deitaram no sofá,
onde ele foi encontrado na manhã seguinte pelos criados, ainda nas roupas do
concerto”... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Passei a porta de entrada, e
agora me via muito próximo dos caixas, atrás somente da moça baixa e da mulher
obesa, que conversavam sobre uma nova loja de sapatos que havia aberto no
bairro onde moravam. Eu já ouvia no fundo da minha mente os primeiros compassos
do Allegro Assai da grande sinfonia e pensava nos meus mais de vinte anos de
espera por aquele momento. As duas mulheres, enquanto discutiam sobre os
modelos dos sapatos da loja, ainda olhavam para trás em busca do gringo. De
súbito, a mulher obesa voltou-se para mim e perguntou: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Você viu para onde ele
foi? Será que ele foi embora? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu respondi que achava que
ele de fato tinha ido embora. Não o vira mais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> O
carequinha passou diante de nós com seus ingressos e foi embora assobiando uma
melodia popular. Neste momento, o caixa do lado direito se levantou e veio em
nossa direção com uma expressão consternada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Gente: sinto muito, mas
os ingressos estão esgotados — disse ele olhando para mim e para os outros na
fila. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Silêncio geral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">–– Como?! Não pode ser! São
dez e quinze! –– berrou então a moça<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">baixa, indignada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu mesmo senti um frio me atravessando
a espinha dorsal. Como podiam os ingressos esgotar-se em apenas quinze minutos?
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> O
homem do caixa agora caminhava ao longo da fila, conversando com as pessoas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– A maior parte dos
ingressos está sempre reservada aos assinantes, por isso restam muito poucos
assentos livres, que logo são preenchidos — explicava ele. — As vendas por
telefone e pela internet começaram também às dez horas, e o número de ligações
foi muito grande. Há também outros pontos de venda de ingressos além deste
aqui, que também receberam muita gente nestes quinze minutos. Sinto muito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">O homem era amável e percebia
a frustração e a indignação no rosto de todos nós. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A frustração e a indignação
da moça baixa e da mulher obesa pareciam as mais intensas de todas –– afinal de
contas, foi na vez delas que os ingressos se acabaram. Se tivessem chegado à
fila meia hora antes... Ainda não podiam crer no que acontecia ali, e vociferavam
e bradavam de maneira quase bestial com os caixas da bilheteria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Eu vim de muito longe
para isso aqui! –– vociferava uma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">–– Você imagina o tempo que
eu perdi e o custo que eu tive para chegar aqui a esta hora, num dia de semana?
–– bradava a outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Não havia o que fazer.
Ponto final. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: inherit;">Enquanto me encaminhava em
direção ao carro, de cabeça baixa, pensei no sujeito alemão. Ele,
diferentemente de mim, estaria lá dois meses depois para ouvir a grande música
de Beethoven.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-30129596620467492372015-09-29T09:32:00.000-03:002015-10-25T20:02:31.427-02:00Goethe e o Werther<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Por Augusto Rodrigues</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Johann
Wolfgang von Goethe, o mais festejado representante das letras germânicas, nasceu
em 1749, em Frankfurt, na Alemanha, e teve uma educação clássica. Desde cedo se
interessou por línguas e literatura. Estudou Direito em Leipzig e Estrasburgo,
por vontade do pai. Também obedecendo à decisão do pai, chegou em Wetzlar em
maio de 1772, para praticar a advocacia no tribunal superior local.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG80aKHkZzSi69goxjWgyHipOkE2OqGG1b-YvV0r9fOyrQKiViM4iz4qHyxhShPkOM9FbcS1JZQohRL4qYOpYuTVd9Yx142sRg_4udMyNWsSrL0ivftwlnBsU4hMKJGSwUUqUxh9JT5pE2/s1600/Werther-E-Lotte.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG80aKHkZzSi69goxjWgyHipOkE2OqGG1b-YvV0r9fOyrQKiViM4iz4qHyxhShPkOM9FbcS1JZQohRL4qYOpYuTVd9Yx142sRg_4udMyNWsSrL0ivftwlnBsU4hMKJGSwUUqUxh9JT5pE2/s400/Werther-E-Lotte.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Logo
começou a distanciar-se das obrigações jurídicas e procurar diversão em bailes e
passeios. Num desses bailes, em 9 de junho de 1772, conheceu Charlotte Buff (a Lotte,
de </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Werther</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">), já noiva de Johann
Kestner (o Albert, de </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Werther</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">).
Apaixonou-se por ela e, ao ver que se tratava de um amor impossível, fugiu da
cidade, sem se despedir de ninguém. Carlota, muito tempo depois, já viúva, fez
uma visita a Weimar (cidade onde Goethe vivia na época), e encontrou o mestre
já consagrado, que a recebeu de maneira cordial, porém distante. Depois disso, não
mais voltaram a ver-se. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Goethe
escreveu o </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Werther</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, romance epistolar,
em quatro semanas. Napoleão o leu sete vezes e o carregava sempre consigo. O
livro é uma balanceada mistura de autobiografia e ficção. A primeira parte é
autobiográfica; a segunda parte e o desenlace, por sua vez, baseiam-se na história
do infeliz Karl Wilhelm Jerusalem (1747-1772). Outros autores dialogaram com o livro,
como Friedrich Nicolai (1733-1811), em </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">As
alegrias do jovem Werther</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, e Thomas Mann (1875-1955), em </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Carlota em Weimar</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Goethe
foi jurista, poeta, romancista, filósofo, dramaturgo, ator, diretor de teatro,
desenhista, político e estudante de ciências naturais — o último gênio
universal. Morreu em 1832, sentado à poltrona ao lado de sua cama, um ano
depois de concluir o </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Fausto</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, a “obra
de sua vida”. Escreveu, entre outros: </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">As
afinidades eletivas</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Doutrina das
cores </i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">(ambos também editados pela Nova Alexandria), </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Poesia e verdade</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Viagem à
Itália</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, assim como poemas épicos e líricos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Augusto Rodrigues</b> é mestre em Literatura Alemã pela USP.
Atua como editor no Grupo Editorial Nova Alexandria e como tradutor autônomo.
Já traduziu Orhan Pamuk, Jean Paul, Peter Handke, entre outros. </span><span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 27px; text-align: start;">Conheças mais sobre o livro </span></span><span style="background-color: white; line-height: 28.7999992370605px; text-align: start; text-transform: uppercase;"><span style="font-family: inherit;">OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER</span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 27px; text-align: start;">, em nossa loja virtual:</span></span></div>
<div class="product-name" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #636363; float: left; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px;">
<span class="h1" style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #b6282c; float: left; font-size: 24px; line-height: 1.2; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 3px; text-rendering: optimizeLegibility; text-transform: uppercase;"><span style="font-family: Raleway, Helvetica Neue, Verdana, Arial, sans-serif; font-weight: 600;">OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER</span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 1.2;">R$32,00</span></span></div>
<div class="short-description" style="background-color: white; box-sizing: border-box; clear: both; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">
<div class="std" style="box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">
Coleção: Grandes Clássicos<br />
Autor: J. W. Goethe<br />
Apresentação: Willi Bolle<br />
Tradução: Leonardo César Lack<br />
Idioma: Português<br />
Editora: Nova Alexandria<br />
Edição: 2<br />
Ano: 2011</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-10362390892693961302015-09-25T16:35:00.001-03:002015-09-25T16:36:01.765-03:00De jiló, muriçoca, bife duro e despedidas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzfsSf5p8nNXY01FuGtUbRNLgWj3PSt-nxreCdOaZycazb8FTAdkDV0p4r1w7ZDh7bKz4Zfkmy-m3k6IJqVCIrZ95I_J6HzT5MRIatbqpoG8l0PsRA5Nyr8PhyphenhyphenwGipt9NJ6m08mt_F3acf/s1600/tumblr_l7b4ecVsqg1qcwnq7o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzfsSf5p8nNXY01FuGtUbRNLgWj3PSt-nxreCdOaZycazb8FTAdkDV0p4r1w7ZDh7bKz4Zfkmy-m3k6IJqVCIrZ95I_J6HzT5MRIatbqpoG8l0PsRA5Nyr8PhyphenhyphenwGipt9NJ6m08mt_F3acf/s1600/tumblr_l7b4ecVsqg1qcwnq7o1_500.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">Por André J. Gomes.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; line-height: 19.6px;"><span style="font-family: inherit;">Olha,
alguém me disse que você vai embora. Que vai mudar de cidade, de país,
de planeta. Então vem se despedir. Senti um gelo na barriga. Uma vontade
de sair correndo, sabe? Um ímpeto de desaparecer e voltar depois, mais
tarde, quando você já tiver partido. Não por nada. É que eu não gosto de
despedidas.</span></span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 19.6px;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Não
gosto, não. Não gosto mesmo desse negócio. Resisto a tudo. Jiló,
muriçoca, bife duro, ar-condicionado quebrado, vizinho barulhento,
internet lenta. Tudo! Menos despedida. Quem é que gosta? É, tem sempre
um e outro que não se importam. Eu, não. Eu fujo, corro, me escondo.
Assumo minha total e absoluta covardia. Eu sou um covarde de despedidas.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Cá
entre nós, eu fico pensando que o mundo tem no mínimo dois tipos de
pessoas de quem somos levados a nos despedir: aquelas cuja falta nos
doerá e as outras, de quem queremos mesmo distância e não mais vê-las
será um alívio. Em qualquer desses casos, o instante de se despedir é
sempre difícil. De um lado, ver partir aqueles que amamos é uma coisa
chata mesmo, aborrecida de nascença. Do outro, quanto àqueles que não
queremos por perto, esses no fundo não merecem sequer um segundo de
mesuras finais. Você, claro, é dessa gente difícil de ver partir.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Por
isso eu prefiro não me despedir. Isso também acontece quando sou eu
aquele que segue seu caminho pela vida. Não me despeço. Porque partir
sem dizer adeus é a expressão mais honesta da minha vontade de, quem
sabe, voltar. Eu troco fácil, fácil, o “adeus” pelo “até já”. Evitar a
despedida é driblar o fim, guardar em nós o gosto bom do encontro e
sonhar com a próxima vez.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Quer
saber? Eu tenho a impressão de que não suporto esse negócio de adeus
por um motivo muito simples: quando nos despedimos, nós morremos um
pouco. Despedida é fogo! Vamos embora com quem parte, guardamos conosco
quem vai. Essas coisas de que tanto já se falou por aí. Uma despedida é
um pedaço de morte, ela mesma, rindo da nossa cara, lembrando
descaradamente que, olha, uma hora isso tudo vai acabar, hein! Tudo
acaba como acabou a companhia do bom amigo que partiu, como o amor que
esfriou, como a festa que findou na saída do último convidado. Então,
aproveita pra viver que a vida é agora!</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Você
sabe. Vira e mexe eu penso nas pessoas boas com quem caminhei por aí.
De nenhuma delas eu me despedi. Ora porque não tive a chance mesmo, ora
porque eu não quis. Umas eu encontrei de novo, de verdade, com abraço e
tudo. Outras eu revejo sempre, reencontro-as, mas só quando penso nelas à
noite, bêbado de sono e saudade. Essa noite eu vou pensar em você.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="line-height: 19.6px;"><span style="font-family: inherit;">Verdade.
Vou lembrar sua companhia como lembro das minhas avós no tempo em que
ia com elas às procissões religiosas na infância. A gente achava bonito
andar todo mundo assim, no meio da rua, no meio da noite. Os carros, as
motos e ônibus, caminhões e peruas dormindo nas garagens e terrenos e
cantos de calçada, os motores desligados, sonhando estradas tranquilas. O
mundo se tornava apenas nós, transeuntes, pedestres tomados por uma fé
tranquila, caminhando pé depois do outro na procissão. E era como se
todos ali, desconhecidos uns dos outros, os rostos iluminados de velas
calmas, nos tornássemos mais íntimos e melhores, mais irmãos, velhos
amigos certos de que a vida era mesmo aquilo, um seguir em frente
juntos.</span></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Aí
vinha o fim do cortejo, o Santo deixava o andor e voltava a seu lugar
no altar da Igreja e cada família retornava à sua casa. Nós então
seguíamos sem despedidas, e na manhã seguinte seríamos mais do que os
mesmos estranhos de sempre.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Eu
não me despedi de você e espero que você compreenda. A gente se vê na
estrada. É assim a vida. Cheia de idas e vindas. Mal dizemos um “adeus” e
o “olá” seguinte se precipita. A vida nos sacode pra cá e pra lá como
passageiros de um ônibus sem bancos, descendo uma ladeira esburacada e
cheia de curvas, conduzido por um motorista rebelde. De quando em vez,
um de nós salta e toma outro rumo.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px; margin-bottom: 20px;">
<span style="font-family: inherit;">Dessa
vez foi você. Eu sigo aqui, torcendo, feliz por alguém que fez de mim
um ser humano diferente, nem melhor e nem pior. Mesmo sem me despedir.
Você sabe. Despedir-se é morrer um pouco. E contra isso o melhor remédio
é viver. Seguir em frente.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 19.6px;">
<span style="font-family: inherit;">Lá
vem você abraçar os que ficam. Eu vou sair de fininho. Vou ali comer um
jiló, um bife duro, ser picado por uma muriçoca, desligar o
ar-condicionado, dar um alô ao vizinho barulhento. E já volto, depois
que você tiver partido. Deixe um abraço para mim e vamos à vida. É nela
que a gente se encontra. A gente se encontra na vida.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-32270404226327447752015-09-22T13:00:00.002-03:002015-09-22T13:09:53.300-03:00Marco Haurélio no Colégio Rio Branco<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal">
Nos dias 12 e 19 de setembro, o autor Marco Haurélio participou
do Festival do Livro em Família, promovido nas unidades do colégio Rio Branco
(Cotia e Higienópolis), e falou sobre o livro A Megera Domada, da coleção
Clássicos em Cordel, para pais e alunos do 7º Ano, presentes no evento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ZGiu84xZYz4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZGiu84xZYz4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8hTcgXVi9aUnXCCNEQl-u4Mo4Zdq1Nj2JhJdvXYsi97BQo0gtzBLHGnzPEdFZp2gkYm9SBNkP7YY8rt2Ev-ML_Qj2sBFO3ENe-_2rHsZPPBHGovMKtJSgrIftS5gbWkJ0MQUfz4fYIstu/s1600/IMG_20150919_092521687_HDR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8hTcgXVi9aUnXCCNEQl-u4Mo4Zdq1Nj2JhJdvXYsi97BQo0gtzBLHGnzPEdFZp2gkYm9SBNkP7YY8rt2Ev-ML_Qj2sBFO3ENe-_2rHsZPPBHGovMKtJSgrIftS5gbWkJ0MQUfz4fYIstu/s640/IMG_20150919_092521687_HDR.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgczMpPNxmX4g1mha6MltRE9KRaNhYKY4yor-31h-XyHTNgfyydv_62OqoWpTOssXrsH9_E3divWSpysVp87XGxDpUPHS2rYx5AsDX4_lm2dkjB6yxomNXdS1Z1cIACQi5i5KfmguXrZj_Z/s1600/IMG_20150919_100831429.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgczMpPNxmX4g1mha6MltRE9KRaNhYKY4yor-31h-XyHTNgfyydv_62OqoWpTOssXrsH9_E3divWSpysVp87XGxDpUPHS2rYx5AsDX4_lm2dkjB6yxomNXdS1Z1cIACQi5i5KfmguXrZj_Z/s640/IMG_20150919_100831429.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZbN8RymVLUoNdLx9pZY0sXgHnbTMytuq5GD5iFEsZAgxDh4zo38FLMWZKU_OL9hCKdl5uXHWv3Ea6yPBKI268YuQFfv-94f_BNv7p-0UMD-gmstZ1ZkXLBrJpT1sEX4zoAtWBGk6OCOl4/s1600/IMG_20150919_101046639_HDR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZbN8RymVLUoNdLx9pZY0sXgHnbTMytuq5GD5iFEsZAgxDh4zo38FLMWZKU_OL9hCKdl5uXHWv3Ea6yPBKI268YuQFfv-94f_BNv7p-0UMD-gmstZ1ZkXLBrJpT1sEX4zoAtWBGk6OCOl4/s640/IMG_20150919_101046639_HDR.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdduTznyi5nbt6DhwyhtHDfO8xOnUo1KIe-j5f5hXgHp_jsN8hLSFxcCrtSpreWBfzFdRttvCrp7LGa9LQIEWBsKakbvQ2eM1mBcDQ7RKASfeBao0HobuhIPiZSPJdgNLsdJDW4uXL-pgD/s1600/IMG_20150919_105205415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdduTznyi5nbt6DhwyhtHDfO8xOnUo1KIe-j5f5hXgHp_jsN8hLSFxcCrtSpreWBfzFdRttvCrp7LGa9LQIEWBsKakbvQ2eM1mBcDQ7RKASfeBao0HobuhIPiZSPJdgNLsdJDW4uXL-pgD/s640/IMG_20150919_105205415.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj49y9CVmLvTwETzGAdx6Ev9ZOyvRhfXQD_ZYIKo8fLjq7x5DfgH4N-XS5t2y8TlrlSQvhYi6M1sVVPEYL-Eh5LgNaWtKIgyf16XzSM6DfSWCEVToNbzfTzajvz2QIWX8haZKo0tmR9S98L/s1600/IMG_20150919_100307315.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj49y9CVmLvTwETzGAdx6Ev9ZOyvRhfXQD_ZYIKo8fLjq7x5DfgH4N-XS5t2y8TlrlSQvhYi6M1sVVPEYL-Eh5LgNaWtKIgyf16XzSM6DfSWCEVToNbzfTzajvz2QIWX8haZKo0tmR9S98L/s640/IMG_20150919_100307315.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-85649032425077345992015-09-21T13:08:00.001-03:002015-09-21T13:17:21.318-03:00O amor é para os atrevidos. Deixe de coisa e vá buscar o seu.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBhtDnF_ZUXLjVe7Syl1kEKjXJgryccvPnl136sjzFKeRE_Ocqnn-t6ZnoSq3FIAgFQnd-Vbsy1N03ZCLgPsFARMDE1V8hLXnd5u6E6lS2YgPfnQ4xf4imYpse1XmR0lKo5RQN7FB1gw2z/s1600/Write-from-the-heart.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBhtDnF_ZUXLjVe7Syl1kEKjXJgryccvPnl136sjzFKeRE_Ocqnn-t6ZnoSq3FIAgFQnd-Vbsy1N03ZCLgPsFARMDE1V8hLXnd5u6E6lS2YgPfnQ4xf4imYpse1XmR0lKo5RQN7FB1gw2z/s400/Write-from-the-heart.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: 14px; line-height: 19.6px;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: 14px; line-height: 19.6px;"><i>Por André J. Gomes.</i></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: 14px; line-height: 19.6px;"><i><br /></i></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
Então fica assim. Para o bem de todos os amantes, para a saúde de todo ser amado, quem quiser um amor verdadeiro vai ter de ir buscar. Esse negócio de esperar no sofá, a TV ligada, o olhar perdido, a vida em estado de suspensão por longos fios de baba enquanto a pessoa perfeita não vem, tudo isso fica revogado até segunda ordem. Desista que do céu não vai cair.<br />
<br />
Quer amor? Levante e vá buscar. Não tem delivery, compra por catálogo, encomenda, disque-pizza. Não se pode pedir pela Internet. Faça por merecer!<br />
<br />
Aos distraídos de boca aberta, os encalhados na correnteza, os pesos mortos e os zumbis sentimentaloides só chegam moscas, mariposas, lesmas, vermes e outros pequenos bichos. O amor é para quem sabe o que quer e, sobretudo, para quem sabe o que oferecer.<br />
<br />
É para quem se atreve, se arrisca e se lança. Para os que ousam devolver o prato mal feito e o que mais não serve, para os insubordinados e os insatisfeitos, aqueles que procuram sem fim. Procuram até achar. E se acaso encontram e perdem de novo, retomam a busca sem frescura.<br />
<br />
Amar é coisa de quem tem coragem de dizer “não”, “sim”, “talvez” quando e como achar que deve. Para quem tem medo também o amor lhes cabe. Porque só os poços de perfeição, os impecáveis e os soberbos acreditam mesmo que coragem é a ausência do medo. Nós, os imperfeitos confessos, não nos vexamos em borrar as calças de medo antes de o encarar com coragem. Porque fingir que o pavor não existe não é valentia nenhuma. É burrice.<br />
<br />
Se fosse fácil, teria outro nome. Amor dá trabalho. Então deixemos de tanta conjectura, ora essa, e sigamos logo ao que interessa!<br />
<br />
Assim seremos, você e eu e todo mundo, como a moça que na infância estremecia quando sua avó a pegava fazendo careta no espelho, “menina, o galo canta, um anjo diz amém e você fica assim para sempre”. Mal sabia ela o que a vida lhe arrumaria. Atrevida, andou de amores por pessoa boa, sorrindo sem mais o quê, quando um arcanjo passou voando baixo, esbarrou no galo e deu-se a profecia da avó: a moça sorrindo de amor ficou assim para sempre. Amém!</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-64059217027673895272015-09-18T15:28:00.001-03:002015-09-29T09:29:41.449-03:00A fuga das prisões de Veneza<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Por Augusto Rodrigues.<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLmKy6qrY8TcXODaPvcqzQf0NSmL4Cznch62QOh4mIr3fNqU-IohK4p1OTJrTgXeQNmAT_lM-a6pYU5NBBSi32ysMu0VDf3OvEuyl9enQ2hR6zhCPFpgp7XnPcT7KUbsQjtDgmeFAVJk4Q/s1600/Canaletto-The-Doge%2527s-Palace.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLmKy6qrY8TcXODaPvcqzQf0NSmL4Cznch62QOh4mIr3fNqU-IohK4p1OTJrTgXeQNmAT_lM-a6pYU5NBBSi32ysMu0VDf3OvEuyl9enQ2hR6zhCPFpgp7XnPcT7KUbsQjtDgmeFAVJk4Q/s640/Canaletto-The-Doge%2527s-Palace.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Veneza
sempre foi um palco essencial. Não há um escritor dos graúdos (e mesmo dos menos
graúdos) que não tenha ambientado alguma de suas obras, fictícias ou não, na
cidade das lagunas. Shakespeare, Marcel Proust, Henry James, Thomas Mann, Italo
Calvino, Orhan Pamuk, e por aí vai.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"> No caso de Giacomo Casanova, o famoso galanteador
já retratado na telona por diretores como Ettore Scola e Federico Fellini, ele não
precisou aliar sua imaginação a um demorado trabalho de pesquisa para erguer o cenário
desta sua história. Ela se passou lá mesmo. Lá, nos Chumbos, a prisão “de
segurança máxima” anexa ao Palácio dos Doges, onde o veneziano foi encarcerado
em 1755, acusado de blasfêmias, “seduções”, brigas e controvérsias públicas.
Por tudo isso, devia cumprir cinco anos de reclusão. Pois é. Não cumpriu. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Redigido
em língua francesa em 1787 e publicado em Leipzig, na Alemanha, em 1788, este
relato de uma fuga espetacular, cheio de humor, acaba sendo um memorável
romance de aventura, sobretudo por sua riqueza de peripécias e reviravoltas,
narradas de maneira bastante acessível. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"> Uma boa fuga, também, do nosso cotidiano.</span></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;">Conheça mais sobre o livro HISTÓRIAS DA MINHA FUGA DAS PRISÕES DE VENEZA</span><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;">, na loja virtual da Nova Alexandria:</span><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px;" /><span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;"><br style="box-sizing: border-box;" /></span><span style="background-color: white; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px;"></span></span></div>
<div class="separator" style="background-color: white; box-sizing: border-box; clear: both; color: #333a42; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span id="goog_2099642389" style="box-sizing: border-box;"></span><span id="goog_2099642390" style="box-sizing: border-box;"></span><a href="https://www.blogger.com/" style="background: transparent; box-sizing: border-box; color: #b6282c; text-decoration: none; transition: color 0.1s linear;"></a></span></div>
<h1 class="title" itemprop="name" style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px; text-align: start;">
<a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/historias-da-minha-fuga-das-prisoes-de-veneza.html" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik676ycHHm77vgiJzWJzlI5DhnHz4CLHNxmYPEjlKC6CGpx3NRydyCih1Lc2RdNbWmXi8IgVEVtz5rFID1EKYn6OVAyABKOVij8uWvqTPZGlym1Z2-HJgNJT82asA6d_h1w_PKPEag5JcG/s320/HIST%25C3%2593RIAS-DA-MINHA-FUGA-DAS-PRIS%25C3%2595ES-DE-VENEZA.png" width="222" /></a><span style="color: #cc0000; font-family: inherit;"><span style="font-size: 25px; font-weight: 500; line-height: 27.5px;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/historias-da-minha-fuga-das-prisoes-de-veneza.html" target="_blank">HISTÓRIAS DA MINHA FUGA DAS PRISÕES DE VENEZA</a></span></span></h1>
<div>
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Coleção:</b> GRANDES CLÁSSICOS</span></span><br />
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Autor:</b> Giacomo Casanova.</span></span><br />
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Tradutor:</b> José Miranda Justo</span></span><br />
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Idioma:</b> PORTUGUÊS</span></span><br />
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Edição:</b> 1</span></span><br />
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 24px;"><b>Ano:</b> 2012</span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-15211986639631500292015-09-11T11:09:00.000-03:002015-09-11T12:15:27.143-03:00Autor da Editora Volta e Meia visita escola<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Deficiente visual de nascença, Markiano Charan
Filho aprendeu braile desde pequeno. Estudou, fez faculdade e tem dedicado sua
vida à defesa dos direitos e da inclusão social dos deficientes. É autor de
contos, crônicas e de uma série de livros infantojuvenis, como <i>Rodrigo enxerga tudo</i>, <i>Rodrigo na era digital</i> e <i>Rodrigo bom de bola</i>, todos lançados pela
Editora Volta e Meia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Foi sobre alguns desses seus livros que o
autor conversou nesta quarta-feira com alunos da Green Book, escola bilíngue do
bairro do Brooklin, em São Paulo. Na presença das professoras Carmem, Cristiane,
Letícia e Gabriela, cerca de 50 alunos do Ensino Fundamental I participaram ativamente
da conversa, direcionando ao autor perguntas variadas e divertidas tanto sobre
sua atividade de escrita quanto sobre sua situação de deficiente visual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif; font-size: 12.0pt;">O encontro foi proveitoso: de uma maneira descontraída,
as crianças tomaram contato com a diferença, e puderam entender um pouquinho
como é que se vive no mundo quando se é privado de um dos sentidos.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/WaL4nn2D2D0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WaL4nn2D2D0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Yqa3RY4-QQZrpdXcg2uuXWKKRXC1AETO67MUFUoK0MTpfL3BYPJgQ9RI6UF767khVtNNP9KjhHplnvWMx_XUuV_O8l3YvOQMouUF0Z2mRrR7T3viB5WHrF_En7oEgoBAWHBLWipHtiwq/s1600/Col%25C3%25A9gio-Green-Book.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="437" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Yqa3RY4-QQZrpdXcg2uuXWKKRXC1AETO67MUFUoK0MTpfL3BYPJgQ9RI6UF767khVtNNP9KjhHplnvWMx_XUuV_O8l3YvOQMouUF0Z2mRrR7T3viB5WHrF_En7oEgoBAWHBLWipHtiwq/s640/Col%25C3%25A9gio-Green-Book.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">O autor Markiano Charan Filho junto aos alunos do Colégio Green Book com a Profª e Cordenadora Carmem e as Professoras Cristiane, Letícia e Gabriela. :)</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-63805119264632378732015-09-08T11:28:00.001-03:002015-10-01T16:12:16.237-03:00O homem do cemitério<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Q_8jInnc4_2O2N6q_C5sRfDDyGMffGbgrmURw5b0jbhl5m3M_iBk47IL7DMxBVHh3wBX24YzTxl2T2_8PRtUZdurvvQSUvWHe76nSGYzUrYJwd2KPiwThJKMO7CTYi8gCkY8nbGHWAsh/s1600/Chamisso_Hallesches_Tor1.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Q_8jInnc4_2O2N6q_C5sRfDDyGMffGbgrmURw5b0jbhl5m3M_iBk47IL7DMxBVHh3wBX24YzTxl2T2_8PRtUZdurvvQSUvWHe76nSGYzUrYJwd2KPiwThJKMO7CTYi8gCkY8nbGHWAsh/s320/Chamisso_Hallesches_Tor1.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Por
Augusto Rodrigues.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Caminhando pelos corredores
da mal iluminada estação de metrô, o botânico paulistano Adalberto olhava com
uma mistura de asco e curiosidade para as paredes descascadas cobertas de
pichações coloridas, dos dois lados do caminho que levava à luz do dia lá fora.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">A estação no bairro de
Kreuzberg da capital germânica era uma das várias pelas quais ele passava
durante suas andanças pela cidade naquele dia de abril ensolarado, mas bastante
fresco, em que o vento que soprava aqui e ali lhe enregelava a ponta do nariz e
as orelhas descobertas. Em meio às caminhadas, de vez em quando ele tomava o
metrô para evitar o cansaço ou o enregelamento excessivo do nariz e das orelhas
descobertas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Quando subiu os degraus em
direção à rua e sentiu o calor do sol no rosto, algo <i>peculiar</i> lhe chamou a atenção: à sua frente ia um homem muito velho
e esguio, vestido estranhamente numa <i>kurtka<a href="file:///C:/Users/Web/AppData/Local/Temp/O%20homem%20do%20cemit%C3%A9rio.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a></i>
negra bastante desgastada, andando de maneira humilde e carregando no ombro uma
pequena trouxa. Nos pés tinha longas botas como Adalberto nunca havia visto em
toda a sua vida.<b> <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Perplexo com aquela visão, e
como não tinha nada específico a fazer naquela tarde, Adalberto decidiu seguir
o homem esquisito e descobrir aonde ia. Este saiu da estação e foi caminhando
pela Avenida Mehringdamm, e de súbito virou à direita na Blücherstrasse. Olhava
para um lado e para o outro com certa insegurança, como se estivesse perdido.
Para onde estaria indo? De súbito, e de um salto, virou para trás e começou a
voltar. Adalberto deixou que passasse por si, depois virou e continuou a
segui-lo. Quando o viu de frente, com o canto dos olhos, observou que trazia
uma longa barba grisalha e, sobre a <i>kurtka</i>,
tinha amarrado um estojo de botânico de séculos atrás. O homem voltou à Mehringdamm
e, quase trombando, por descuido, com um ciclista que vinha pela ciclovia,
tomou a calçada que corre ao longo dos velhos cemitérios, atirando olhares
curiosos para o comprido muro que os cerca. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">O sol brilhava e projetava
a sombra de Adalberto na calçada, mas, quando observou o homem à frente com
mais cuidado, de repente se deu conta de que ele não projetava sombra alguma. <i>Como isso é possível? Um homem sem sombra?!</i>
Os outros poucos transeuntes dali não pareciam surpreender-se com aquela figura
anacronicamente trajada e que não projetava sombra alguma, uma vez que nem
sequer olhavam para ele quando passavam. Quando o muro foi interrompido por um
alto portão de ferro preto, o velho virou à esquerda e entrou. Adalberto o
seguiu. <i>Como podia um homem sem sombra
ainda ser visto? Sem sombra ele seria transparente, desprovido de substância ––
seria algo abstrato!</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;"> Aquele
era um complexo de cemitérios que Adalberto não conhecia. <i>Por que diabos o sujeito entrou ali? Para fazer o quê? Para visitar
alguma sepultura, é claro. Algum antepassado? Mas como um homem sem sombra
poderia ter antepassados? Antepassados também desprovidos de sombra? Ou teria
ele perdido a sombra em alguma altura da vida? Mas como alguém poderia perder
sua sombra?! E por que uma figura despojada de sombra apareceria para um
botânico brasileiro de viagem no velho continente? </i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Após entrar, o homem
encaminhou-se em direção à alameda número cinco, próxima ao muro, para onde
Adalberto o seguiu um pouco mais de longe. O silêncio reinava em torno dos
caminhos arborizados, onde todos aqueles anônimos descansavam em sua última
morada, como pensava Adalberto consigo, cada vez mais intrigado com aquela
figura como que saída de um conto de fadas remoto. Mas o homem sem sombra <i>era</i> real, estava ali, diante dos seus
olhos a certa distância, e não dava a impressão de se dar conta ou de se
incomodar com o fato de estar sendo seguido.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;"> Ele andava, andava, e não encontrava o que
procurava. Adalberto seguia, seguia, e não entendia o que ele procurava, ou o que
fazia. O ancião perambulava aleatoriamente entre as sepulturas, examinando
agitado cada uma das lápides, que variavam de tamanho e imponência de acordo
com a estatura social ou a importância histórica do morto. Adalberto não se
cansava de segui-lo, e sua curiosidade aumentava a cada instante. O homem
estranho parou diante de uma lápide, não muito alta e relativamente distante
das outras no entorno. Fez uma ligeira reverência com a cabeça e continuou.
Adalberto o seguiu, estacando diante da mesma lápide e lendo o que ela dizia:
“E.T.W. Hoffmann”, datas de nascimento e morte, além de mais alguns escritos
indecifráveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;"> Quando
ele levantou a cabeça, viu que o homem ia em direção à alameda de número
quatro, pegada ao muro, mas a insegurança do seu passo e seu comportamento
ainda denunciavam não saber precisamente onde estava. Mais um pouco adiante,
quando parecia dominado pela ansiedade, ele parou mais uma vez, com uma
expressão da mais profunda alegria e da mais autêntica comoção, e se ajoelhou
diante de uma sepultura. Ela não trazia uma lápide alta, mas certamente apenas
uma baixa, de granito ou de mármore, como julgava Adalberto do ponto de onde
observava a cena. O homem dava a impressão de estar em lágrimas, mas em
lágrimas de comoção alegre e não propriamente de tristeza ou luto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;"> Além
do botânico Adalberto e do senhor humilde sem sombra, não havia mais ninguém em
toda a área tranquila do cemitério naquele instante e, além do zunido do vento
da primavera que já soprava ao longo de todo o dia, não se ouvia nenhum ruído
sequer proveniente de parte alguma das redondezas. Nem mesmo o cantarolar dos
passarinhos<b> </b>que geralmente
sobrevoavam a região podia-se ouvir naquela tarde insólita. O homem ergueu-se
lentamente e, andando para trás sem se virar, afastou-se da sepultura, olhando
para os dizeres com uma profunda reverência. Ali permaneceu por mais alguns
instantes, enquanto secava as lágrimas que lhe escorriam pelo rosto. Adalberto
era quem era agora dominado pela ansiedade para descobrir quem de fato atraíra
a visita de tal figura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Quando saiu aquela tarde
para caminhar por uma de suas capitais europeias favoritas não suspeitava
deparar-se com tal coisa! Mas isso era bastante comum, pensava; durante viagens
ao exterior, era frequente nos depararmos com situações inesperadas e até mesmo
inusitadas em qualquer esquina. “Inusitado” era um bom adjetivo com que
qualificar aquela eventualidade, que ainda não estava esclarecida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;"> Adalberto
não podia mais conter-se. Como o velho permanecia imóvel diante da sepultura misteriosa
e não fazia menção de ir embora, foi indo em frente, pela alameda vizinha, com
o intuito de agora observá-lo por trás, pois assim talvez pudesse ver de quem
era o túmulo e talvez ainda ouvir algo que ele talvez pudesse estar falando
consigo mesmo ou com seu eternizado misterioso (embora, de longe, não tivesse
notado nenhum movimento de seus lábios). Quando tomou a alameda quatro e,
fingindo olhar outras lápides, se aproximou do homem pelas suas costas, notou
que ele agora projetava uma sombra! <i>Impossível!
Como poderia ele, somente agora, deixar que o sol lhe projetasse uma sombra?</i>
Adalberto assistia atônito àquilo que se dispunha diante dos seus olhos de
turista brasileiro. Deus do céu! O que era aquilo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">O homem, depois de se
abaixar e se curvar mais uma vez diante da sepultura, tocando com carinho uma
plaquinha preta cravada próxima ao chão de terra, começou a afastar-se,
dirigindo-se ao portão por onde havia entrado. Adalberto sentiu o sangue
inflamar-se em suas veias, alterando sua disposição geral. De um salto, e ainda
assim com discrição, foi direto à sepultura e descobriu do que se tratava: era
uma lápide de granito marrom levemente inclinada, fronteada por um alegrete de
folhas, hortênsias e narcisos amarelos. Em torno do alegrete e da lápide,
formando um retângulo, erguiam-se quatro pequenos postes de mais ou menos um
metro de altura, ligados entre si por correntes verdes em forma de “x”, que
isolavam toda a sepultura. Com dificuldade, Adalberto leu o que dizia a lápide:
“ADELBERT von CHAMISSO, GEB. D. 30 JANUAR 1781 GEST. D. 21 AUGUST 1838”.
Também: “ANTONIE von CHAMISSO, GEB. PIASTE GEB. D. 30 OCTOBER 1800 GEST. D. 21
MAI 1837”. <i>Adelbert von Chamisso?! Não é
o autor daquela história maluca de um sujeito que vende sua sombra por alguma
razão? Como é mesmo o nome dele?... Peter Schlehmil! Peter Schlehmil?! Meu
Deus!</i> “Ei! Espere aí!”, exclamou ele para a alameda deserta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Adalberto saiu atrás do
ancião e o alcançou na rua, pouco além da entrada do cemitério, onde não mais
projetava sua sombra na calçada. Ele caminhava cabisbaixo, a passos lentos,
como que se arrastando pelo chão, enquanto segurava a trouxa sobre o ombro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Tahoma",sans-serif;">Adalberto engoliu em seco,
e olhou no relógio. Quando ergueu a cabeça, o homem sem sombra havia
desaparecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Web/AppData/Local/Temp/O%20homem%20do%20cemit%C3%A9rio.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="X-NONE" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: X-NONE;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="X-NONE"> Espécie de casaco militar, de origem polonesa. (N.A.)<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-1481971205397698892015-08-28T16:23:00.001-03:002015-08-28T16:23:16.465-03:00 Gente vazia só enche o saco.<div>
<i>Por André J. Gomes.</i></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFiKens3JUFRR_Je_Mp8OhijOBdvIlblVjlg7xDiFifSAVq3EfoFVkKw4UTIxmqJzgVVxv8jMxs92f9VLhjX7PIjbtt5KQlB3U8EH3trRN2i6NAtkf3qF-TOKjvcd1rpO-gjD1u_gBWqbY/s1600/tumblr_m2yg1dSXNo1qj9uvqo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFiKens3JUFRR_Je_Mp8OhijOBdvIlblVjlg7xDiFifSAVq3EfoFVkKw4UTIxmqJzgVVxv8jMxs92f9VLhjX7PIjbtt5KQlB3U8EH3trRN2i6NAtkf3qF-TOKjvcd1rpO-gjD1u_gBWqbY/s400/tumblr_m2yg1dSXNo1qj9uvqo1_500.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Tem
palavra que é como cachorro de rua: vem com pulgas. Hoje apareceu uma
por aqui abanando o rabo, a língua de fora, o olhar pedinte, e eu deixei
entrar. Na verdade é uma expressão japonesa, dessas com significado
grandioso, definitivo. “Ikigai”. Alguma coisa como ‘a razão de ser’ de
cada um, motivo pelo qual você e eu nos levantamos todos os dias. Boa
frase. Esses japoneses têm cada uma!</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Já
as pulgas que vieram junto são daqui mesmo, adestradas, veteranas dos
circos da vida. Saltaram certeiras para trás da minha orelha e agora
estão coçando. Estão coçando muito.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
É
que eu andava distraído, sabe? E como em geral acontece quando a gente
se distrai, eu topei de cara com o óbvio doloroso. Seguia esquecido dos
meus reais motivos para acordar de manhã. Quando isso se dá, a gente
liga o piloto automático. E o piloto automático é burro que só ele.
Segue direto para o fim e o fim não é outro senão a bocarra da morte,
sem as tantas escalas aqui e ali que alguém há de chamar de vida.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Certo
é que todos seguimos sem volta para a morte e por isso viver é só o que
nos resta. Mas viver sem saber para quê é perder as escalas, praticar o
crime hediondo da estupidez.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Quem
esquece ou não sabe por que se levanta todos os dias se torna aos
poucos uma odiosa besta. Uma barata bêbada, uma criatura ridícula, vazia
e perdida falando pelos cotovelos, agredindo quem passa perto, batendo
em todas as portas à procura de só Deus sabe o quê.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Como
todos aqueles que não têm, abandonam ou desconhecem suas motivações
essenciais, quem existe neste mundo sem saber o que faz aqui sobrevive
sem desconfiar por quê. Passa a vida nadando em praias que não são suas,
engolindo humilhações, maus tratos, grosserias, preconceitos, pontapés,
julgamentos descabidos, deselegâncias, tomando toda sorte de água suja.
E a ironia é: mesmo ingerindo tanta coisa, pessoas assim continuam
vazias.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Faça
um teste. Olhe ao redor. Ouça as reclamações em curso. Já viu quanta
gente se queixando sem fim? Reclamar é “clamar de novo”. Pedir repetida e
infinitamente. Vê quanta gente pedindo de tudo outra vez? Pedem um novo
trabalho, novos amigos, amores, estados de espírito. Vivem de eternas
súplicas. É claro que podem e devem! A insatisfação é um impulso humano,
um direito conquistado. Rogar, requerer, reivindicar. A nós é permitido
clamar e reclamar à vontade. Mas não será um problema sério implorarmos
a vida inteira por algo que nós mesmos não sabemos o que é?</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
É
certo que há os insatisfeitos produtivos, aqueles que sabem o que
querem e não se contentam até encontrarem. Miram o horizonte e vão
buscá-lo. Vivem em movimento. Realizam. Palmas para eles! Mas há também
os insatisfeitos frustrados, inférteis, infecundos, entrevados em
queixas umbilicais. Esses enchem o saco.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Quem
reclama sem saber o que quer há de fazê-lo para sempre, até morrer
sentado num buraco que só afunda. Em situação bem pior que a do cachorro
perseguindo o próprio rabo, porque ao menos o cachorro sabe o que está
buscando. Ele quer morder o rabo e ponto. Porque a vida é dele e o rabo
coça como as pulgas perversas que me mordem atrás da orelha.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Estar
na vida sem saber por que pular da cama de manhã tem outro prejuízo
assombroso: faz de nós presas fáceis dos terríveis zumbis
sentimentaloides, essas mulas que saem por aí às cegas farejando amor
nas sombras, nas sobras e nos restos. “Amooor… amoorrr… eu quero um
amooooor, quero um amoooor assim e assado… quero porque quero…” feito
tontos completos. Sem opinião, sem a menor ideia do que anseiam da vida,
sem critérios, sem saber o que podem dar e o que desejam receber,
correndo em busca tão somente de não estar sós. Exigindo tudo sem nada
oferecer em troca. Arrastando-se na caçada de corações a devorar na
praça de alimentação de um shopping, mortos por dentro, desprovidos de
amor próprio, consumidos na busca de migalhas do afeto alheio.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Ignorar
nossos propósitos essenciais ou, pior, não tê-los nos torna ridículos
produtos manufaturados de uma vida pasteurizada. Figurantes mal pagos de
uma cena em que todos têm respostas prontas para tudo. Assim seguimos
anestesiados, distraídos, afastados do dever sublime de fazer perguntas e
do direito universal de questionar e descobrir por empenho pessoal e
sincero. Afinal, para quê perguntar tanto, né? Há inúmeras respostas
pré-fabricadas por aí. Mais fácil comprar uma delas no cartão em doze
vezes e fingir felicidade na hora da foto.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Abandonar
nosso direito a questionar também é viver sem saber por quê. E quem não
sabe o que está fazendo aqui perde o melhor da festa: a consciência
plena de seus sentidos, o gosto incrível de saber que estamos oferecendo
o melhor e recebendo o melhor em troca ou, no mínimo, estamos nos
preparando com honestidade para o inesperado que está por vir.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Quem
sabe o que quer pode seguir por onde bem entender porque há de sempre
retornar à sua intenção sagrada. A quem compreende a potência da vida e o
que fazer dela, andar por aí sem esperar nada além do privilégio de
acordar no dia seguinte não traz nenhum prejuízo e ainda lhe dá uma
vantagem imbatível: receber de bom grado o que vier para lhe fazer bem e
descartar todo o lixo que lhe tentarem impor. Porque quem encontra e
cultiva uma intenção sagrada se liberta da mendicância emocional.
Aprende a valorizar o que tem e a dizer “não, obrigado, isso não me
serve”.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Não
por nada, não porque possui um poder sobre-humano, mas só porque
reconhece aquilo e aqueles pelos quais se levanta todos os dias e dessa
intenção se alimenta e por ela trabalha, vai à luta ora com medo, ora
tomado de valentias, mas sempre repleto de uma íntima coragem de seguir
vivendo, ímpeto valioso construído de gratidão e amor. “Ikigai”.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px;">
Benditos japoneses, malditas pulgas. Como coçam, as danadas.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-57231388899474020382015-08-28T15:53:00.000-03:002015-10-07T11:11:34.901-03:00A casa dos mortos<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Por Augusto Rodrigues.</span></span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1lJRbmRI2o_YP2b3dj9jssvGuWTZ6zXaYOWexUu4RMfSI38rAmwrJcrj979NFoB4_1CC9HUJn1-kww0ahjwEOcv-yVsl3z19nQ_v2hvwSbA3MWzK78QcCloVi5Dbw_XKHYTR5qiR0gpOY/s1600/A-casa-dos-mortos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1lJRbmRI2o_YP2b3dj9jssvGuWTZ6zXaYOWexUu4RMfSI38rAmwrJcrj979NFoB4_1CC9HUJn1-kww0ahjwEOcv-yVsl3z19nQ_v2hvwSbA3MWzK78QcCloVi5Dbw_XKHYTR5qiR0gpOY/s640/A-casa-dos-mortos.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Para
alguns dos encarcerados naquele presídio da Sibéria, os outros detentos eram as
melhores pessoas que eles já haviam conhecido. Melhores que os membros de sua
própria família, seus antigos colegas de trabalho ou seus chefes. Um mosaico
humano em circunstâncias extraordinárias é o que Dostoiévski nos revela aqui —
com conhecimento de causa —, neste livro agradável e divertido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Agradável
e divertido? Sim. Embora a história se passe no funesto ambiente de um xadrez, apinhado
de assassinos dos mais variados níveis de crueldade, a investigação serena de
sua psicologia e a narração um tanto anedótica de episódios da cadeia tornam a
obra agradável e divertida. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Enquanto
seguimos o escrutínio que o autor realiza da filosofia prisional, nós,
leitores, entre outras coisas, vemos passar diante de nós um ou outro filme de
prisão já visto anteriormente, que, agora, compreendemos com muito mais clareza
e profundidade. Chegamos mesmo a pensar até que ponto algumas dessas películas não
foram diretamente influenciadas por este relato de Dostoiévski. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Uma
vez que a alma humana, criminosa ou não, sempre foi e continua sendo a mesma
até hoje, em qualquer lugar do globo, com ou sem tecnologia, temos aqui uma
obra universal e atemporal.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Ambos
adjetivos das criações geniais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333a42; font-family: inherit; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;">Conheça mais sobre o livro RECORDAÇÕES DA CASA DOS MORTOS</span><span style="background-color: white; color: #333a42; font-family: 'Noto Serif', Georgia, Times, serif; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;">, na loja virtual da Livraria Cultura:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333a42; font-family: 'Noto Serif', Georgia, Times, serif; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333a42; font-family: 'Noto Serif', Georgia, Times, serif; font-size: 15px; line-height: 27px; text-align: start;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.livrariacultura.com.br/p/recordacoes-da-casa-dos-mortos-3-edicao-42888873" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6PhRe3nJUuDrJjQqabNAsdMoozWvJvT4BD622tZXT3UpyyUNt3oYUzeZKFZ2NkLQiu9QbhTUZgURMb6vDu7qT3TYVcyLE_WiKRcg83fvyvJkGohuXSzMF74nkJKULdRJUWoy0Glg2Jgog/s1600/Recorda%25C3%25A7%25C3%25B5es+da+Casa+dos+Mortos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6PhRe3nJUuDrJjQqabNAsdMoozWvJvT4BD622tZXT3UpyyUNt3oYUzeZKFZ2NkLQiu9QbhTUZgURMb6vDu7qT3TYVcyLE_WiKRcg83fvyvJkGohuXSzMF74nkJKULdRJUWoy0Glg2Jgog/s1600/Recorda%25C3%25A7%25C3%25B5es+da+Casa+dos+Mortos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6PhRe3nJUuDrJjQqabNAsdMoozWvJvT4BD622tZXT3UpyyUNt3oYUzeZKFZ2NkLQiu9QbhTUZgURMb6vDu7qT3TYVcyLE_WiKRcg83fvyvJkGohuXSzMF74nkJKULdRJUWoy0Glg2Jgog/s320/Recorda%25C3%25A7%25C3%25B5es+da+Casa+dos+Mortos.jpg" width="222" /></a></div>
<br />
<ul class="info" style="background-color: white; box-sizing: border-box; display: table; font-family: Lato, sans-serif, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6PhRe3nJUuDrJjQqabNAsdMoozWvJvT4BD622tZXT3UpyyUNt3oYUzeZKFZ2NkLQiu9QbhTUZgURMb6vDu7qT3TYVcyLE_WiKRcg83fvyvJkGohuXSzMF74nkJKULdRJUWoy0Glg2Jgog/s1600/Recorda%25C3%25A7%25C3%25B5es+da+Casa+dos+Mortos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; font-weight: normal; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="color: #cc0000; font-family: inherit; text-align: justify;">RECORDAÇÕES DA CASA DOS MORTOS</span></a></span></li>
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-weight: 700;"><br /></span></li>
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Coleção: </span>GRANDES CLASSICOS</span></li>
<li style="box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; color: #666666; font-weight: 700;">Autor: </span><a href="http://www.livrariacultura.com.br/busca?Ntt=DOSTOIEVSKI%2C+FIODOR&Ntk=product.collaborator.name" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; box-sizing: border-box; text-decoration: none;"><span style="color: #cc0000;">DOSTOIEVSKI, FIODOR</span></a></span></li>
<li style="box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; color: #666666; font-weight: 700;">Tradutor: </span><a href="http://www.livrariacultura.com.br/busca?Ntt=PETICOV%2C+NICOLAU+S.&Ntk=product.collaborator.name" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; box-sizing: border-box; text-decoration: none;"><span style="color: #cc0000;">PETICOV, NICOLAU S.</span></a></span></li>
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Idioma: </span>PORTUGUÊS</span></li>
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Edição: </span>3</span></li>
<li style="box-sizing: border-box; color: #666666; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Ano: </span>2015</span></li>
</ul>
<br />
<div class="product-name" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #636363; float: left; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: start;">
<span class="h1" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #b6282c; float: left; font-family: Raleway, 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 1.2; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 3px; text-rendering: optimizeLegibility; text-transform: uppercase;"><a href="http://www.livrariacultura.com.br/p/recordacoes-da-casa-dos-mortos-3-edicao-42888873" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;"></span></a><span id="goog_874909097"></span></span><br />
<div class="product-name" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #636363; float: left; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: start;">
<span class="h1" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #b6282c; float: left; font-family: Raleway, 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: 600; line-height: 1.2; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 3px; text-rendering: optimizeLegibility; text-transform: uppercase;"></span></div>
<div class="short-description" style="background-color: white; box-sizing: border-box; clear: both; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; text-align: start;">
<div class="std" style="box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-50860994926358591372015-08-21T15:48:00.000-03:002015-08-21T15:49:01.075-03:00 Previsão de amor para um tempo de sol<div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;"><i>Por André J. Gomes</i></span></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSTKK4L1Lc3LGV7GZD1uWAh1UNX-rPkORCt6SJuKRfB7a_-pX6oeMMcO5TFCQbsVuuSjnXhlpyDGMeh7TtUBlFsAdj3G0JMSTUQSLS0FX7ykiSs24rKHAQJeuuAalan1mimAALzVH8sITw/s1600/Previs%25C3%25A3o+de+amor+para+um+tempo+de+sol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSTKK4L1Lc3LGV7GZD1uWAh1UNX-rPkORCt6SJuKRfB7a_-pX6oeMMcO5TFCQbsVuuSjnXhlpyDGMeh7TtUBlFsAdj3G0JMSTUQSLS0FX7ykiSs24rKHAQJeuuAalan1mimAALzVH8sITw/s400/Previs%25C3%25A3o+de+amor+para+um+tempo+de+sol.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;">Em São Paulo faz calor. Na África do Sul, também. Em
Porto Alegre, uma chuvinha fina umedece as ruas e os ímpetos de toda gente.
Casablanca, no Marrocos, está parcialmente nublada. Reykjavíc, capital da
Islândia, sonha debaixo de chuva com um dia de sol. Na Antártida, no Pico do
Everest e no Pólo Norte faz frio. E contrariando todas as previsões, aqui
dentro faz amor.</span></div>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;">É um amor mansinho, esperança de sol no fim da tempestade. Promessa de calor
depois da frente fria. Amor de precipitações. Não importa o quanto dure. Aqui
dentro faz amor.</span></div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: Calibri; font-size: 11pt;">
<br />
Sujeito a chuvas e trovoadas como todo sentimento amoroso, esse amor soprado
direto do peito de Deus abriu clareiras de céu azul entre muralhas de nuvens
cinzas, inundou de sol a terra fria, tirou as crianças de casa, encheu de vida
as ruas e praças e praias e parques e todo canto de estar sob o céu.<br />
<br />
Lá fora faz calor. E a vida se agita agora de risos e sons de festa, palavras
de apreço, cheiros de comida no fogo, palmas de aniversário. Aqui dentro, a
cortina se abre e o sol estarrece de luz tantas sombras, varre cantos escuros,
aquece lembranças geladas. Aqui dentro faz amor.<br />
<br />
O céu está azul. O mar, também. Azul como a saia da moça que passa esvoaçando
beleza, a piscina que recebe as crianças, os cabelos das minhas avós e toda
lembrança de festa. Azul como o sentimento bom que abriu o tempo e fez sol em
mim. Sol que aquece, consola, repara, abençoa. Sol que brilha e conforta como o
olhar imenso de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11pt;">O boletim do tempo informa: aqui dentro faz
amor.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-53647884419719143502015-08-14T17:21:00.000-03:002015-08-14T17:21:09.490-03:00Fuja das almas mesquinhas. Viver é um exercício de grandeza.<div>
Por <i>André J. Gomes.</i></div>
<i><br /></i>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKwsFT3SojCim_fKLcS1s4bzDg8HSUNkXdT6RXhn_kjzcYwuT8oi19yRyDnaWC8rY1pyM5JhkYUXW-6Bk9MH1eGuwbMnh_LxMprgh3eXyP1KATVPql6zus9xCCU-ckaHFvYQupvbRJ-cme/s1600/Isto-e-viver.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKwsFT3SojCim_fKLcS1s4bzDg8HSUNkXdT6RXhn_kjzcYwuT8oi19yRyDnaWC8rY1pyM5JhkYUXW-6Bk9MH1eGuwbMnh_LxMprgh3eXyP1KATVPql6zus9xCCU-ckaHFvYQupvbRJ-cme/s320/Isto-e-viver.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Está
faltando grandeza na gente. Falta, sim. Em todo canto, falta. Vivemos à
míngua de gestos generosos, intenções grandiosas, ações maiores. Como
bichos tímidos, acanhados em nossos projetos, reduzimos nossas vidas aos
cargos e postos e títulos e relações oficiosas e protocolares que aos
poucos nos transformam em meros colecionadores de miniaturas, acumulando
milhas de mesquinharias. Nós e nossas vidinhas habitadas por pessoinhas
deslumbradas, sorrindo sem graça em jantarezinhos sem afeto, cozinhando
pratinhos sem gosto, a partir das receitinhas de homenzinhos dos
programinhas de tevê.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Falta
grandeza na gente, sim. Insistimos em ser rasos, superficiais,
rasteiros, trancafiados em nossas verdades minguadas, metralhando com o
dedo quem passar perto. Rareiam amigos de coração aberto e mãos postas,
estendidas. Falta quem se disponha a escutar mais e mostrar menos,
perguntar mais do que responder, questionar mais que pontificar. Falta
gente disposta a pagar a conta por pura e simples gentileza. Ah… como
são raras as visitas que surpreendem quando chegam para o churrasco em
casa alheia trazendo nos braços algo além das doze cervejas combinadas.
Um bolinho para a dona da casa, um presentinho para as crianças.
Qualquer coisa para além de uma presença fria, mirrada, previsível,
burocrática.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Pior.
Nossa escassez de elevação vem sob a escolta das matilhas de gênios e
suas teorias em defesa da mesquinhez. “É a crise!”; “não sobra dinheiro
para isso”; “também, com o preço das coisas…”; “no mundo moderno cada um
paga a sua, tá reclamando do quê?”; “É cada um por si” e outras
desculpas esfarrapadas. Como se a falta de dinheiro fosse o único
problema.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Será
mesmo? Ou tanta evasiva não passa de nossa obtusa mania de pequeneza
crescendo como verruga, aumentando como um buraco? Certo é que nos
tornamos sovinas, ridículos, avarentos de emoção e entrega e disposição
para nós e para os outros. Isso, minha gente, tem pouquíssimo a ver com
dinheiro. Estar “no bico do urubu”, sem um tostão para nada, não faz de
alguém um “mão de vaca”. Há muito mendigo por aí dividindo seu pedaço de
cobertor, sua porção de comida fria e seu meio cigarro com quem
necessita. Porque generosidade é coisa das almas elevadas, com ou sem
fundos patrimoniais. E ela está em falta como a água que baixa nas
represas e o dinheiro que some dos cofres.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Nosso
tempo na vida é tão pequeno e a grandeza anda tão pouca! Quanto será
que nos resta? Por quanto mais você e eu estaremos aqui? Quanta vida nos
cabe ainda? Trinta anos? Quarenta? Duas horas, um minuto? Pergunto,
pergunto e com franqueza me dou conta de que, no fundo, não importa. Não
interessa porque no fim do caminho qualquer tempo terá sido pouco.
Muito pouco tempo para perdermos com pequenezas.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6000003814697px; margin-bottom: 20px;">
Sejamos
francos. A vida anda mirrada demais. Reduzida contra vontade, coitada, à
pequena experiência pessoal de cada um. Obrigada por nós mesmos a dar
as costas à sua vocação essencial. Porque, você sabe, diferente do que
querem os mesquinhos, viver é nada senão um tremendo e escandaloso
exercício de grandeza. Sejamos francos. Está faltando grandeza na gente.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6858282936366464112.post-39124298791356815222015-08-11T10:26:00.002-03:002015-08-14T10:59:48.429-03:00O MERCOSUL - Dimensões do processo de integração na América do Sul<span style="font-family: inherit;">No
período colonial e logo após a independência, durante a fase
do nacional-imperialismo (1840–1884), se estendendo até o
entre guerras (1919-1939), a América do Sul foi palco dos
mais violentos e sangrentos conflitos do continente
americano. Desde a chegada dos espanhóis e portugueses ao
continente, a bacia do rio da Prata foi o cenário de
disputas luso-espanholas (o que hoje é o Uruguai já foi
espanhol, português e, em seguida, voltou a ser espanhol e
brasileiro, até se tornar independente em 1828). É nessa
unidade territorial que se encontram os principais sócios do
Mercado Comum do Cone Sul, o denominado MERCOSUL<span style="color: #1f497d;">,</span> que hoje em dia conta
também com a entrada da Venezuela deslocando tal bloco para
o Norte. Hoje tal bloco econômico facilita as relações entre
seus países membros, apesar dos inúmeros entraves e de ainda
contar com poucos acordos comerciais quando comparado com
áreas de livre comércio que foram sendo criadas após sua
edificação e de acordos bilaterais entre países.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://blognovaalexandria.blogspot.com.br/2015/08/o-mercosul-dimensoes-do-processo-de.html" target="_blank"><img border="0" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4JnSnIMKAkHNGycsE-AAp4BzEbFnb_is9uIFbhO806IssKrCO6J190wgWtabV0i53YWmhysiuPVLLCI8-5qAEe9r0pkP_00nskZvo3Tb5cSi9RAhGE4sysAcV3wehb7Aqs4JcMf6hqS_z/s640/Mercosul-Postagem.png" width="640" /></a><span id="goog_1401822007"></span><span id="goog_1401822008"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Para
entendermos a importância do processo de integração
comercial é pertinente considerar o recorte histórico entre
os séculos XVI até XXI. Sendo assim, esta obra tenciona
reconstituir os processos de integração que foram sendo
criados no decorrer da tribulada história do sub-continente,
lembrando que nesse processo se forja uma identidade que
permite nos reconhecer sul-americanos e não apenas
brasileiros, argentinos, uruguaios, paraguaios e
venezuelanos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Portanto,
essa obra pretende contribuir com as pesquisas no campo das
ciências humanas envolvendo vários ramos do saber que elas
compreendem no âmbito dos cursos de ensino médio,
universitários e até mesmo para aqueles que cursam uma
pós-graduação, uma vez que oferece temas históricos e
contemporâneos, assim como uma substanciosa bibliografia. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;">Augusto
Zanetti</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Conheças mais sobre o livro </span>O MERCOSUL - <i>Dimensões do processo de integração na América do Sul</i>, em nossa loja virtual:<br />
<br />
<div class="product-name" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #636363; float: left; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px;">
<span class="h1" style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #b6282c; float: left; font-family: Raleway, 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 1.2; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 3px; text-rendering: optimizeLegibility; text-transform: uppercase;"><a href="http://www.lojanovaalexandria.com.br/o-mercosul-dimensoes-do-processo-de-integrac-o-na-america-do-sul.html" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmRSG9Xgf2Hwg0QzFDYu0mIu_QA_Zk3YcbeBcf-fbLEa-V7cJZ5BYSa2xjCcZqA1uj3bYSAbHnMUhytzvZV_eyM9Hw1eE82-FwSRWLNpHiEYPK3wKZXf6t9vZSD1LzAfBbTxrovEzeJITg/s320/Mercosul.jpg" width="212" /></a><span id="goog_1401821987"></span><span id="goog_1401821988"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a>O MERCOSUL DIMENSÕES DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL<br /><br /><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 28.7999992370605px; text-align: right; text-transform: none;">R$23,00</span><br /><br /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Coleção: Saber de tudo</span><br style="box-sizing: border-box; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: none;" /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Autor: Augusto Zanetti</span><br style="box-sizing: border-box; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: none;" /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Idioma: Português</span><br style="box-sizing: border-box; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: none;" /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Editora: Claridade</span><br style="box-sizing: border-box; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: none;" /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Edição: 1</span><br style="box-sizing: border-box; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: none;" /><span style="color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-transform: none;">Ano: 2015</span></span></div>
<div class="price-info" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #636363; float: right; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px 0px 10px; max-width: 70%; padding: 0px 0px 0px 15px; text-align: right;">
<div class="price-box" style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 7px; padding: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div class="short-description" style="background-color: white; box-sizing: border-box; clear: both; color: #636363; font-family: 'Helvetica Neue', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">
<div class="std" style="box-sizing: border-box; margin: 0px; padding: 0px;">
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1