Por Luiz Roberto de Aguiar.
Não sou muito de
dedicar tempo para a televisão, principalmente a programação aberta, inclusive
os programas que parecem me dar à idéia de abuso dos atos violentos ou da
desgraça alheia para atrair altos índices no ibope.
No entanto não
me é possível deixar de observar determinados fatos na sociedade atual, como
por exemplo, o aumento da violência doméstica, onde as maiores vítimas têm sido
os idosos e as crianças. São pais que agridem crianças pequenas até que estas
desfaleçam, pais e tios entre outros parentes que abusam de crianças por meio
do sexo, pequeninos estes que deveriam ser cuidados e protegidos por aqueles.
Em outras situações ocorre o abandono em caçambas de lixo, a tortura dos idosos
ou seu flagelo emocional e físico. Não posso deixar de citar os jovens usuários
de drogas que manipulam seus pais e familiares, que exercem domínio sobre
aqueles que os amam e para manterem seu consumo furtam coisas do interior de
suas casas e se dizem vítimas, enquanto seus pais sofrem e morrem aos poucos.
Pessoas morrem
em guerras sem sentido, jovens são conduzidos forçosamente a integrarem
exércitos numa luta que eles não sonharam ou deram início. Seus pais vêem seus
filhos partirem sem saber se eles voltarão do campo de batalha e se voltarem em
que condições retornarão?
Há uma escritura que diz que o mundo jaz no maligno. O
mundo conhecido, tão imitado e retratado em filmes, peças teatrais e nas
músicas vai se degradando, implodindo em guerras e conflitos sociais,
econômicos, políticos, comerciais e empresariais, enquanto o próprio ser humano
vai se desumanizando e se matando física, emocional e espiritualmente.
Citando a
questão espiritual, a Bíblia nos mostra que tais guerras e conflitos surgem no
mundo em decorrência da postura do próprio ser humano: “As guerras acontecem porque vocês exigem: é do meu jeito, ou nada
feito. E para terem o que querem lutam com unhas e dentes. Vocês desejam o que
não têm e são capazes de matar para consegui-lo. Invejam o que é dos outros e
chegam a apelar para a violência (Tiago 4:1-2, versão A Mensagem).
Somente o amor é
capaz de mudar tais circunstâncias. O amor sem interesse que nasce de um
coração que se relaciona com Deus e que o conhece e por isso o obedece. Não por
medo, mas por confiar no Deus Eterno, por ter sido uma vez contagiado com
tamanho amor que constrangido só quer passá-lo adiante, para seu próximo seja
ele ou ela quem quer que seja.
Só o amor
conhece a língua dos homens. Só o amor pode levar o ferido a perdoar, o
abusador a arrepender-se, o ladrão ou o dependente químico a renunciarem ao que
os domina e buscarem uma nova vida. Como dizem as escrituras num outro trecho: “O amor não desiste jamais, preocupa-se
mais com o outro do que consigo mesmo, não quer o que não tem. Não se impõe
sobre os outros, mas trabalha junto. Não age na base do eu primeiro, nem perde
as estribeiras. Nega-se a ficar contabilizando os pecados dos outros, nem faz
festa quando os outros se dão mal, busca ter prazer no desabrochar da verdade,
tolera qualquer coisa e sempre procura o que é melhor. Não olha para trás,
prossegue até o fim e sempre, sempre confiando em Deus (texto reescrito pelo
autor. 1º Coríntios 13:1-7. Versão A Mensagem).
Que o amor possa
ser a minha e a sua marca! Que por meio do amor as relações possam ser de
respeito e de liberdade, sem violência ou manipulação. Que as divergências de
pensamento existam e sejam enfrentadas com paz, respeito e entendimento
recíproco.
Tenhamos a confiança firme em Deus,
esperança inabalável e amor extravagante. E o melhor desses três é o amor (1º
Coríntios 13:13b - A Mensagem).
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