terça-feira, 5 de agosto de 2014

ESPECIAL - O cordel passa pelo rio, mas já chegou no mar

Por Jeosafá.

Agosto – este mês que em 2014 tem cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos (evento que só se repete a cada 823 anos) – se abriu em festa da poesia popular na Nova Alexandria.

Clássico em Cordel.

Sendo 1º de agosto o  Dia do Cordel, procissões de poetas cordelistas e amantes da poesia popular se concentraram no Espaço Cultural Nelson dos Reis, da Nova Alexandria, para receber com versos e cantoria este mês raro no calendário, mas também os três novos livros de três poetas de valor:
  •  A metamorfose, de João Gomes de Sá
  •  A volta ao mundo em 80 dias, de Pedro Monteiro e
  •  A roupa nova do rei de Marco Haurélio.

Marco Haurélio, Marciano Vasques, Moreira de Acopiara e Cícero Pedro de Assis.

Todos, adaptações para o cordel de clássicos da literatura universal.

Audálio Dantas.
Como em toda chegança, os artistas desfiaram seu rosário de versos nordestinos, cantados ou falados, em ritual de celebração, de memória e improviso, anunciando os três novos títulos que reforçam esta nova fase da literatura de cordel – marcada por avançar com força e abundância por terras e destinos nunca dantes navegados.
João Gomes de Sá.

Não é à toa que da Educação Infantil ao Ensino Médio as escolas brasileiras têm estado mais felizes. É que há tempos a magia dos versos populares tem fecundado as salas de aulas pelo Brasil afora. Que o digam João Gomes de Sá, Pedro Monteiro e Marco Haurélio, os celebrados da tarde-noite de sábado, sempre com agendas lotadas, para eventos, lançamentos, declamações, apresentações etc.

Pedro Monteiro, Marciano Vasques e Varneci Nascimento.

Entre tantos que se revezaram no tablado, informa Pedro Monteiro: “Aldy Carvalho, Socorro Lira, Luiz Carlos Bahia, Luian Borges, Luiz Wilson, Ibys Maceioh, Valdeck de Garanhuns e Sebastião Marinho. (...) Cotamos também com presença de Audálio Dantas, idealizador do memorável evento Cem Anos de Cordel e um ícone da redemocratização do Brasil e na defesa dos direitos Humanos”.

Assim, de um em um, de dois em dois, e de três em três, o cortejo da literatura de cordel vai seguindo seu caminho para fecundar o Brasil com suas histórias maravilhosas, ora bebendo no rio local, hora mergulhando no mar universal.

Viva a cultura popular brasileira.

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