Por Luka Magalhães
Como em todo mês, a Casa Amarela promoveu mais um
BLÁ-BLÁ-BLÁ, a roda de discussão sobre a arte realizada nas periferias e que
tem gerado grandes debates artísticos e filosóficos sobre o que e como a arte
periférica pode ser produzida fora dos grandes centros. No último sábado (26)
tivemos um encontro histórico, com convidados muito emblemáticos para discutir
sobre um tema controverso: a Literatura
Marginal.
De um lado, Alessandro Buzo, defensor veemente da literatura
marginal como toda a produção literária produzida nas periferias, que discutem
a realidade social das classes baixas e que estão à margem dos caminhos das
grandes editoras. Do outro lado, Ademiro Alves, ou simplesmente Sacolinha,
acredita na literatura marginal como um movimento literário que existe e do
qual já participou, mas que acabou por ser tornar um rótulo do qual alguns
escritores se apropriaram, sem mesmo participar efetivamente de tal corrente
literária. Por entender que essa rotulação se tornou maior do que o movimento,
Sacolinha diz se excluir dessa vertente, principalmente por ver a população das
periferias serem constantemente rotuladas.
Ao centro do debate, Érica Peçanha, estudiosa doutorada no
tema, traçou a cronologia do que hoje conhecemos como Literatura Marginal,
inicialmente conceituada nos anos 70 do século passado e que encontrou em
Ferréz (nome artístico de Reginaldo
Ferreira da Silva), o seu grande expoente e um dos maiores colaboradores da
corrente, junto com Buzo e Sacolinha. Peçanha ainda citou um aumento das teses
acadêmicas sobre o tema, o que a torna cada vez mais interessante aos olhos dos
pesquisadores literários.
Debater se a Literatura Marginal é
uma corrente literária, um movimento artístico das periferias ou apenas um
rótulo, não é um tema para um único encontro, mas sim para várias rodas de
conversas sobre o assunto. Nesse ponto o consenso geral é de que outros espaços
de discussão deveriam existir para que temas como esse possam ser compreendidos
cada vez mais.
“enquanto isso...”
Como sabemos, Alessandro Buzo tem uma coluna semanal no SPTV (jornal local da Grande São Paulo) e aproveitando o convite para participar do BLÁ-BLÁ-BLÁ, pôs em pauta a apresentação dos trabalhos realizados pela Casa Amarela, focando na importância da produção cultural nas periferias, que é realizada sem ou com pouquíssima verba pública. Enquanto o debate caminhava, as entrevistas rolavam com os convidados, organizadores e colaboradores da Casa Amarela, entre os entrevistados tivemos Escobar Franelas, idealizador do BLÁ-BLÁ-BLÁ; Sueli Kimura, representando os organizadores da Casa; Big Charlie, autor do livro “Cavalos no Peito”, primeira publicação do selo editorial da Casa; Euflávio (Madeirart) Góis, artista plástico que está exposição; Eder Lima e Lígia Regina, colaboradores costumeiros; Sacolinha e Érica Peçanha como convidados.
Como sabemos, Alessandro Buzo tem uma coluna semanal no SPTV (jornal local da Grande São Paulo) e aproveitando o convite para participar do BLÁ-BLÁ-BLÁ, pôs em pauta a apresentação dos trabalhos realizados pela Casa Amarela, focando na importância da produção cultural nas periferias, que é realizada sem ou com pouquíssima verba pública. Enquanto o debate caminhava, as entrevistas rolavam com os convidados, organizadores e colaboradores da Casa Amarela, entre os entrevistados tivemos Escobar Franelas, idealizador do BLÁ-BLÁ-BLÁ; Sueli Kimura, representando os organizadores da Casa; Big Charlie, autor do livro “Cavalos no Peito”, primeira publicação do selo editorial da Casa; Euflávio (Madeirart) Góis, artista plástico que está exposição; Eder Lima e Lígia Regina, colaboradores costumeiros; Sacolinha e Érica Peçanha como convidados.
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