O conflito vivido por Conway, um representante do
império inglês no oriente, no romance “Horizonte Perdido”, pode ser expressado
na forma de atritos morais e éticos entre ocidente e oriente.
Os conflitos morais presentes no livro são muitos e vários, porém, um se destaca logo de início: o fato de Conway ser contra as guerras e agente do imperialismo inglês atuando como diplomata na Índia. Exemplo disso ocorre logo no começo do livro, quando Conway se mostra mais disposto a salvar vidas do que defender os interesses ingleses na fuga de Peshawar, devastada pela revolução.
No livro, este conflito é resolvido com a escolha de
Conway de abandonar os costumes ocidentais, permanecendo no mosteiro de lamas
de Shangri-La, que, no caso, representa a paz, a sabedoria, a tolerância, entre
outros valores.
Os conflitos éticos abordados no livro são mais
abrangentes, sendo representados principalmente pelo impasse entre os
interesses ingleses da época e a real justiça, que estaria do lado da Índia,
que estava sendo explorada e procurava liberdade. Um exemplo se passa durante a
fuga de Conway e dos outros de Peshawar, devido à revolução indiana.
Este conflito é solucionado também pela escolha de
Conway, que decide ficar no mosteiro que, neste caso, representa a justiça, a cultura,
o patrimônio intelectual e diversos outros valores, que não se mostraram considerados
pelos interesses ingleses. Devido a isso, Conway pode ser considerado traidor
da coroa britânica.
Pode-se dizer então que ambos os conflitos morais e
éticos apresentados no livro se resolvem a favor das sociedades orientais e dos
valores por essas representados.
Ulisses Azevedo Gonçalves, 14 anos, é estudante da ETEC Basilides de Godoy. Praticou por dois anos e meio Kung Fu, é atualmente praticante de Muay Thai e escreve no blog da editora Nova Alexandria a coluna Jovem leitor todas as quartas-feiras.
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