Julia, Matheus, eu e Prof.a Coordenadora Simone de Cassia Galaverna.
Por Jeosafá.
Estive no sábado à tarde no Colégio das Américas, nas perdizes, que recomendou O Diário Secreto das Copas como leitura de férias a seus alunos. A conversa com eles e seus pais se deu no ambiente da feira de livros promovida pelo Colégio.
Logo à entrada, fui recebido com um grande sorriso pela Coordenadora Pedagógica Simone de Cassia Galaverna, que estendeu-nos (pois compareci com meu filho Ulisses, de 14 anos, que desempenhou o papel de fotógrafo) o tapete vermelho, que nos levou direto ao encontro dos que nos esperavam.
Para variar, entrevistei mães, alunos e alunas, que se dividiram quanto à opinião sobre o interesse de leitura das novas gerações frente à internet e às novas tecnologias. Houve quem considerasse que as crianças e os jovens leem menos, porém, houve adolescentes que garantiram que sua geração lê mais do que a de seus pais.
Estou comigo que a opinião do final do parágrafo anterior está mais próxima da realidade, não só porque sou otimista, mas porque acompanho intensamente o mundo do livro e o mundo digital.
Quando as redes sociais ganharam espaço no ciberespaço, uma verdadeira praga se disseminou: a das abreviaturas incompreensíveis e a dos erros de português em escala astronômica. Porém, com o passar do tempo, o que temos visto é um cada vez maior capricho na escrita e na correção dos textos divulgados pelas redes sociais - até porque o que é ruim, as pessoas têm deixado de lado (e ninguém quer ser esquecido por escrever mal - muito menos lembrado por isso).
Após a entrevista, falei um pouco de meu livro, que é fruto de pesquisa literária e tem como referência nesse campo a história de Tristão e Isolda. Mas também falei de história e geografia, pois minha pesquisa sobre o Brasil e o Mundo, desde 1930, quando ocorreu a primeira Copa, no Uruguai, abrangeu também essas ciências humanas.
Depois, fiquei para autografar exemplares de estudantes que se sentiram atraídos pelas recomendação de leitura do Colégio. Conheci Nicole, Julia e Matheus, que quiseram conversar sobre o que eu falara ao microfone e sobre suas expectativas de leitura. A conversa foi muito legal. Pena que eu tinha que ir a Ermelino Matarazzo para o sarau de lançamento do livro Movimentações pela Cultura, na Casa Amarela.
Nicole, 9 anos, a devoradora de livros.
Ao final, combinamos, eu e a Simone, de providenciar uma conversa com os alunos, uma vez que, sendo também professor, seria uma oportunidade de matar a saudade da sala de aula. Gostei da organização da feira, dos alunos e da hospitalidade em pessoa chamada Simone de Cassia. Ganhei o sábado com essa atividade e, quando cheguei em casa, estava cansado, mas com a alma lavada.
Como é belo ser professor - aquele que professa uma ideia, uma crença, um ensinamento. Quem "professa" transmite conhecimento, ato que, por natureza, só tem razão de ser quando existe um receptor: o aluno, o ouvinte, o leitor. Etimologicamente, a palavra aluno guarda relação com a criança que deve ser nutrida. O professor nutre o aluno de conhecimento, mas é nutrido por ele com ideias novas e jovialidade. É preciso resgatar essa noção do ato de educar. Parabéns pela iniciativa!!
ResponderExcluirOlá, Therezinha: Toda crianças, todo adolescente ou jovem sente, só de ficar perto, quem o ama. Essa é a "questã".
ExcluirQue beleza, Jeosafá! Parabéns. Estar próximo da escola é um privilégio que poucos autores conseguem ter. Parabéns para a professora Simone de Cássia. 'O diário secreto das copas' vai ficando menos secreto: é o que queremos. E Viva!
ResponderExcluirSusana Ventura
Susana: Você sabe que quando estou no chão sagrado da sala de aula, eu me lambuzo kkkk.
ExcluirCaro, Jeosafá, sou obrigado a concordar com os jovens citados em seu texto. A geração de hoje lê muito mais que a anterior. Isso é visto por mim, diariamente. Tenho o prazer de trabalhar com adolescentes que leem mais que adultos, o que me deixa imensamente feliz. Parabéns pelo trabalho, querido! Continue com essa energia e não pare jamais.
ResponderExcluirAbraços,
Marcos Amaro
Olá, Marcos: Quem realiza trabalho concreto de estímulo a leitura não entra nessa conversa fiada de que o Brasil é "um país de não-leitores". Essa conversa mole o Nelson Rodrigues diagnosticou: "complexo de vira-lata". Viva quem acredita no potencial de nossas crianças, de nossos adolescentes e de nossos jovens.
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