No dia de hoje, há exatos 46 anos, era assassinado em Memphis, EUA, Martin Luther King
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Em 4 de abril de 1968, o líder da luta pelos direitos civis e outros membros da Conferência Sulista de Liderança Cristã, passaram o dia reunidos no quarto 306 do modesto hotel Lorraine, trabalhando no planejamento da passeata pelos direitos civis e contra a pobreza marcada para a semana seguinte. Por volta das 18 horas, ao final da reunião, o grupo se dispersou e Luther King dirigiu-se à varanda do quarto.
Momentos depois, um forte estampido soou. Alvejado por um rifle Remington 30.06, vai ao chão o homem que ousou enfrentar o racismo, a intolerância a e injustiça social com sua pregação de não violência. Seu maxilar está destroçado. Seu rosto está desfigurado. Levado às pressas ao hospital, às 19:05h é declarado morto pelos médicos.
Trecho final de seu histórico discurso em 28 de agosto de 1963
Washington, D.C.
Quando os arquitetos de nossa
república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de
Independência, estavam assinando uma nota promissória de que todo norte
americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim,
homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis
direitos à vida, liberdade e busca de felicidade.
Mas existe algo que preciso dizer
à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça.
No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados
de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na
taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no
alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso
protesto criativo gere violência físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos
às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a
maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve
levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de
nossos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram
a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a
compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o
compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar.
Digo-lhes hoje, meus amigos,
embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda
tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte
americano.
Eu tenho um sonho de que um dia,
esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios:
"Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os
homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que, um dia,
nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de
antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que meus
quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor
de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando deixarmos soar a
liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos
acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e
homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as
mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: "Livres, enfim.
Livres, enfim”. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim.
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