quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Coluna Especial - A primavera chegou na Nova Alexandria

Por Jeosafá.

Tanto cientistas, biólogos e botânicos quanto sábios, místicos e desconfiados concordam que animais e plantas parecem pressentir no ar – e com antecipação – eventos formidáveis ou catastróficos.

Quando do tsunami que arrasou Sumatra em 2004, ficou famoso o relato sobre os elefantes que, premonitórios, abandonaram a parte baixa da ilha muito antes de a onda gigante atingir as praias. Tivessem ficado atentos a eles, os habitantes da ilha se teriam posto a salvo.

Por isso, é uma verdadeira bênção quando observamos que as plantas verdejam e florescem ao redor de nós, e que aves, por se sentirem seguras e protegidas, enfeitam nosso quintal. Esse é o caso da primavera chegando na Nova Alexandria.


Em meio a prédios, ruas movimentadas e barulhentas, porém ao lado do parque da Independência, onde a alimentação é farta, rolinhas, maritacas, pássaros pretos, sabiás laranjeiras, sanhaços verdes, azuis e tricolores, tejos – também conhecidos como sabiás do campo – desviam sua rota e vêm comer sementes de girassol, ração, banana, mamão, e beber água que oferecemos a eles em meio a bromélias, orquídeas, bambus-d’água e grama, que não pedem mais que água e cuidados os mais básicos imagináveis.

Dá um certo trabalho limpar a bagunça que os pássaros fazem, como manter o quintal em condições para as plantas se desenvolverem e reproduzirem. No entanto, isso se chama vida,
e se ninguém cuidar dela, ela acaba.


A esse cuidado não mais que primário, passarinhos respondem com seus ruídos alegres, com suas cores de encher os olhos e com suas disputas muito parecidas com pega-pega de crianças em parque infantil. Quanto às plantas, essas não respondem nada, só ficam nos olhando com suas folhas exuberantes e suas flores de encher – e às vezes umedecer – os olhos.

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