Por Luiz Roberto de Aguiar.
Em meio a tantas
informações e fatos com os quais tenho me deparado na atualidade, referentes aos
relacionamentos entre os seres humanos nas diferentes formas de estruturas que
compreendemos, tenho me questionado se nós temos construído relacionamentos
saudáveis ou nossos relacionamentos tem se transformado em relações doentias e
nocivas aos seus participantes?
Relações que
infelizmente vemos sendo construídas com base em mentiras, onde os
participantes se utilizam de formas opressoras e manipuladoras, do tipo: “faça
isso que eu te dou aquilo”, “faça o que eu digo, mas não olhe o que eu estou
fazendo.”
Comportamentos
de pessoas mais velhas que ao invés de serem exemplos de boa conduta, de
educação, de respeito ao próximo, guardam dinheiro na roupa íntima, carregam
dinheiro para outro país no interior da Bíblia. Vendem-se ingressos de promoção
os quais não poderiam ser vendidos, por altos valores, e tão sem ética é aquele
que compra tal ingresso quanto o que vende, e ao ouvir o hino nacional de outro
país as pessoas vaiam e depois choram e cantam fielmente o hino de seu próprio
país de origem. Quanta contradição!
No trânsito as
controvérsias vão se expandindo, pessoas gritam e fazem passeatas por mais paz,
mais segurança e por justiça. Enquanto isso motoristas aos montões, usam seus
celulares enquanto dirigem, desrespeitam as leis de trânsito como se estivessem
brincando na sala de casa e depois dizem a seus filhos e pares: “Respeito é bom
e todo mundo gosta!”
Minha mente se
aglomera de questões sem respostas, sobre as quais convido você leitor a
refletir:
Que sociedade é
esta? Que relacionamentos são estes? Que exemplos são os que estamos mostrando
aos mais pequeninos? Que geração será a do futuro? De que forma eles tratarão
de nós que estaremos mais velhos e necessitados?
Infelizmente, poucos
de nós têm cuidado de forma meticulosa de seus relacionamentos.
É fundamental
que repensemos nossas posturas éticas, sociais, financeiras, profissionais,
religiosas e políticas.
Segundo Piaget,
para a construção adequada do indivíduo o temor e o amor precisam andar em
equilíbrio. É preciso que sejamos claros com os nossos limites e os limites dos
outros, construindo relações com vínculos afetivos adequados, acreditando que
vale a pena investir tempo e atenção aos relacionamentos pessoais em suas
várias vertentes.
É importante o
fazer junto, mostrar o caminho e depositar confiança naquele que está sendo
ensinado. Corrigir com amor e ser exemplo do que se quer ver na vida do outro,
respeitando é claro suas escolhas.
Nas relações
externas (negócios, estudos, trabalho e trânsito entre outras), é fundamental
que se viva o que se quer das outras pessoas. Por exemplo: reclamar de quem
estaciona na porta da sua casa, enquanto você estaciona na guia rebaixada ou na
contra mão de direção é tão destrutivo e inconcebível do ponto de vista ético e
educacional, pois isso serve mais de impulso para aumentar as ações nocivas do
que combatê-las.
Chegou nossa hora
de produzirmos mudanças através dos nossos próprios comportamentos, realizarmos
passeatas por paz, segurança e necessidades sociais antes de sermos atropelados
por alguma delas ou ser vítima de alguma fatalidade um de nossos parentes.
Casamentos
vividos na verdade, na sinceridade e na fidelidade, criando-se filhos pelo
exemplo e compromisso dos pais com a educação, com a proteção da integridade
física e o desenvolvimento psicológico adequado, inclusive buscando ajuda
profissional se for o caso, pois nesta vida não sabemos tudo, mas podemos
contar com o auxílio de outros.
Comece por si mesmo e seja
exemplo para outros!
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