quinta-feira, 17 de julho de 2014

ÉTICA E VALORES - É possível construir relacionamentos saudáveis?

Por Luiz Roberto de Aguiar.


Em meio a tantas informações e fatos com os quais tenho me deparado na atualidade, referentes aos relacionamentos entre os seres humanos nas diferentes formas de estruturas que compreendemos, tenho me questionado se nós temos construído relacionamentos saudáveis ou nossos relacionamentos tem se transformado em relações doentias e nocivas aos seus participantes?

Relações que infelizmente vemos sendo construídas com base em mentiras, onde os participantes se utilizam de formas opressoras e manipuladoras, do tipo: “faça isso que eu te dou aquilo”, “faça o que eu digo, mas não olhe o que eu estou fazendo.”
Comportamentos de pessoas mais velhas que ao invés de serem exemplos de boa conduta, de educação, de respeito ao próximo, guardam dinheiro na roupa íntima, carregam dinheiro para outro país no interior da Bíblia. Vendem-se ingressos de promoção os quais não poderiam ser vendidos, por altos valores, e tão sem ética é aquele que compra tal ingresso quanto o que vende, e ao ouvir o hino nacional de outro país as pessoas vaiam e depois choram e cantam fielmente o hino de seu próprio país de origem. Quanta contradição!

No trânsito as controvérsias vão se expandindo, pessoas gritam e fazem passeatas por mais paz, mais segurança e por justiça. Enquanto isso motoristas aos montões, usam seus celulares enquanto dirigem, desrespeitam as leis de trânsito como se estivessem brincando na sala de casa e depois dizem a seus filhos e pares: “Respeito é bom e todo mundo gosta!”

Minha mente se aglomera de questões sem respostas, sobre as quais convido você leitor a refletir:

Que sociedade é esta? Que relacionamentos são estes? Que exemplos são os que estamos mostrando aos mais pequeninos? Que geração será a do futuro? De que forma eles tratarão de nós que estaremos mais velhos e necessitados?
Infelizmente, poucos de nós têm cuidado de forma meticulosa de seus relacionamentos.
É fundamental que repensemos nossas posturas éticas, sociais, financeiras, profissionais, religiosas e políticas.

Segundo Piaget, para a construção adequada do indivíduo o temor e o amor precisam andar em equilíbrio. É preciso que sejamos claros com os nossos limites e os limites dos outros, construindo relações com vínculos afetivos adequados, acreditando que vale a pena investir tempo e atenção aos relacionamentos pessoais em suas várias vertentes.
É importante o fazer junto, mostrar o caminho e depositar confiança naquele que está sendo ensinado. Corrigir com amor e ser exemplo do que se quer ver na vida do outro, respeitando é claro suas escolhas.

Nas relações externas (negócios, estudos, trabalho e trânsito entre outras), é fundamental que se viva o que se quer das outras pessoas. Por exemplo: reclamar de quem estaciona na porta da sua casa, enquanto você estaciona na guia rebaixada ou na contra mão de direção é tão destrutivo e inconcebível do ponto de vista ético e educacional, pois isso serve mais de impulso para aumentar as ações nocivas do que combatê-las.

Chegou nossa hora de produzirmos mudanças através dos nossos próprios comportamentos, realizarmos passeatas por paz, segurança e necessidades sociais antes de sermos atropelados por alguma delas ou ser vítima de alguma fatalidade um de nossos parentes.

Casamentos vividos na verdade, na sinceridade e na fidelidade, criando-se filhos pelo exemplo e compromisso dos pais com a educação, com a proteção da integridade física e o desenvolvimento psicológico adequado, inclusive buscando ajuda profissional se for o caso, pois nesta vida não sabemos tudo, mas podemos contar com o auxílio de outros.

Comece por si mesmo e seja exemplo para outros! 

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