Por Jeosafá.
Tanto cientistas, biólogos e botânicos quanto sábios,
místicos e desconfiados concordam que animais e plantas parecem pressentir no
ar – e com antecipação – eventos formidáveis ou catastróficos.
Quando do tsunami que arrasou Sumatra em 2004, ficou famoso
o relato sobre os elefantes que, premonitórios, abandonaram a parte baixa da
ilha muito antes de a onda gigante atingir as praias. Tivessem ficado atentos a
eles, os habitantes da ilha se teriam posto a salvo.
Por isso, é uma verdadeira bênção quando observamos que as
plantas verdejam e florescem ao redor de nós, e que aves, por se sentirem
seguras e protegidas, enfeitam nosso quintal. Esse é o caso da primavera
chegando na Nova Alexandria.
Em meio a prédios, ruas movimentadas e barulhentas, porém ao
lado do parque da Independência, onde a alimentação é farta, rolinhas, maritacas,
pássaros pretos, sabiás laranjeiras, sanhaços verdes, azuis e tricolores, tejos
– também conhecidos como sabiás do campo – desviam sua rota e vêm comer
sementes de girassol, ração, banana, mamão, e beber água que oferecemos a eles
em meio a bromélias, orquídeas, bambus-d’água e grama, que não pedem mais que
água e cuidados os mais básicos imagináveis.
Dá um certo trabalho limpar a bagunça que os pássaros fazem,
como manter o quintal em condições para as plantas se desenvolverem e
reproduzirem. No entanto, isso se chama vida,
e se ninguém cuidar dela, ela acaba.
e se ninguém cuidar dela, ela acaba.
A esse cuidado não mais que primário, passarinhos respondem
com seus ruídos alegres, com suas cores de encher os olhos e com suas disputas
muito parecidas com pega-pega de crianças em parque infantil. Quanto às
plantas, essas não respondem nada, só ficam nos olhando com suas folhas
exuberantes e suas flores de encher – e às vezes umedecer – os olhos.
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