Por Jeosafá.
Dorival Caymmi – descendente de italianos por parte de pai e de africanos por parte de mãe – nasceu em Salvador da Bahia, em 30 de abril de 1914. Em sua, tomou contato com a música logo cedo, em meio aos saraus que seu pai, Durval Henrique, promovia, nos quais a estrela principal era sua mãe, dona Aurelina, que cantava um variado repertório de canções, tendo ao fundo o piano executado por outros parentes ou amigos do casal.
Vamos chamar o vento!
Porém, foi com Zezinho, O amigo de infância, José Rodrigues de Oliveira, que foi dar nas ruas e vielas de Salvador em busca do sonho de todo músico de sua geração: o rádio. E não foi em vão essa peregrinação: logo a Rádio Clube da Bahia difundiu sua voz pelas ondas eletromagnéticas.
Com os irmãos Deraldo (tambor) e Luiz (pandeiro) e o amigo Zezinho (cavaquinho), nessa época formou o trio Três e Meio - ele ao violão. O nome espirituoso do conjunto se deve à participação de Luiz, irmão mais novo que, por isso, segundo a cultura popular, era considerado "café com leite". O trio executava canções de Noel Rosa e interpretações famosas de Carmen Miranda. Foi aí que recebeu seus primeiros cachês artísticos.
O jovem Caymmi não vislumbrava a música como profissão, por isso foi para o Rio de Janeiro
cursar Direito, mas aí o destino o pegou, pois foi na Cidade Maravilhosa que Teófilo de Barros Filho, diretor da Rádio Tupi – o ano era 1938 – se encantou com o jovem baiano e apresentou à já internacionalmente famosa cantora Carmem Miranda .
Suas canções ganharam as telas do cinema, da televisão e do mundo. Mas além delas, Caymmi e dona Stella Maris, sua esposa, presentearam o Brasil com seus filhos músicos. Dori, Nana e Danilo. E a dinastia continua na neta Alice.
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